Em vídeo, primo de Zé Roberto diz que é um 02 da FDN. Ele é um dos executores da chacina do Compaj

Em vídeo, “Ari” confirma parentesco com Zé Roberto da Compensa. Ele é acusado de ser um dos executores da chacina do Compaj. Foto: Reprodução

Em um vídeo gravado na comunidade ribeirinha de Itaquera, na divida entre Roraima e Amazonas, onde estava escondido, o foragido da Justiça, José Arimatéia Façanha do Nascimento, o “Ari”, confirma ser parente (primo legítimo) de um dos fundadores da facção criminosa Família do Norte (FDN), o Zé Roberto da Compensa.

Na mesma gravação, ao ser questionado, “Ari” conta que sua função na FDN é ser o “02”, uma espécie de gerente do grupo comandado por Zé Roberto, que recebe ordens dos líderes e cuida das finanças delegadas a ele.

Compaj

José Arimatéia será apresentado nesta quarta-feira (9), em Manaus, na sede da Delegacia Geral. De acordo com o diretor do Departamento de Repressão ao Crime Organizado (DRCO), delegado Guilherme Torres, o infrator é apontado como um dos líderes de rebelião que aconteceu no dia 1º de janeiro de 2017, no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), quando 56 pessoas morreram.

“Ari” responde na Justiça a mais de 14 crimes. Ele foi preso em cumprimento a mandados de prisão por homicídio qualificado e roubo majorado.

A ação policial que resultou na prisão de José Arimatéia foi coordenada pela equipe de investigação do DRCO e contou com o reforço de policiais da Secretaria-Executiva-Adjunta de Operações Integradas (Seaop), vinculada à Secretaria de Estado de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM); policiais militares do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e agentes da Divisão de Inteligência e Captura (Dicap) de Roraima.

Executores

Na denúncia apresentada pelo Ministério Público do Amazonas (MP-AM) à Justiça Estadual relacionando 113 pessoas envolvidas no massacre do Compaj, “Ari” aparece na lista dos chamados “executores” da chacina. Ele é acusado de homicídio triplamente qualificado, por motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa das vítimas, tortura, vilipêndio de cadáver e associação para o crime.

José Arimatéia aparece em várias imagens das câmeras internas de monitoramento do Compaj, no dia do massacre, no meio do grupo de 33 denunciados que participaram ativamente da ação que abriu as portas para que todo tipo de assassinato e tortura fosse realizada, iniciando o horror na cadeia.

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Condenado

José Arimatéia é condenado a mais de 45 anos de prisão por roubo, latrocínio e homicídio. Ele foi preso na comunidade ribeirinha conhecida como Itaquera, na divida entre Roraima e Amazonas, onde estava escondido. O local é de difícil acesso, ficando distante quatro dias de barco de Roraima.

Ele é foragido do sistema penitenciário amazonense desde o primeiro dia de janeiro de 2017, quando ocorreu uma fuga em massa, durante a chacina de 56 presos.

Esconderijo

As equipes viajaram desde o dia 1o de maio para o município de Caracarai, de onde seguiram de barco até Itaquera, em Roraima. A missão durou sete dias, até a chegada do criminoso em Boa Vista.

Conforme a investigação, o preso é acusado de liderar a chacina do Compaj, difundindo a ordem do primo Zé Roberto para iniciar o massacre. Durante a rebelião, segundo relatos, trocou tiros com policiais e foi flagrado pelo circuito de vigilância com uma espingarda calibre 12.

Prisão e processos

Contra ele existem dois mandados de prisão em aberto. A operação para sua prisão contou ainda com apoio do Batalhão da PM de Novo Airão, de onde foi montado o plano estratégico para a captura do foragido, que responde ainda a 14 processos na Justiça.

Conforme a polícia, José Arimatéia se escondia numa região estratégica para o tráfico, por onde a droga escoa da Colômbia, passando por São Gabriel da Cachoeira, Barcelos e chegando até o rio Negro com o rio Branco. O destino final seria a vila de Itaquera.

Pela localização geográfica, “Ari” estaria controlando uma rota internacional. Apontado como um braço direita da facção criminosa, sua prisão é um baque para a FDN.

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