José Melo, Edilene e Pedro Elias já estão em prisão domiciliar com tornozeleiras. Único na cadeia é Evandro Melo

Único ex-secretário que continua na prisão é o irmão de José Melo, Evandro. Foto: Arquivo

Na tarde desta sexta-feira (27), saíram do sistema penitenciário para cumprir prisão domiciliar o ex-governador José Melo, a ex-primeira-dama Edilene Oliveira e o ex-secretário de Estado da Saúde, Pedro Elias, envolvidos na Operação Custo Político.

O único ex-secretário que continua preso no Centro de Detenção Provisória Masculino II (CDPM II) é o irmão do ex-governador, que respondia pela pasta de Administração, Evandro Melo.

Os três ganharam liberdade após o pagamento de fiança determinado pela Justiça. Um imóvel de propriedade de Edilene, na zona Norte, avaliado em R$ 350 mil e R$ 31,6 mil em dinheiro, foram utilizados para arcar com a fiança de R$ 381,6 mil arbitrada ao casal pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1).

Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), Melo deixou o Centro de Detenção Provisória Masculino 2 (CDPM 2) às 17h05 e Edilene o Centro de Detenção Provisória Feminino (CDPF) às 17h21. Às 17h50, Pedro Elias também ganhou liberdade.

Em um áudio enviado por grupos de WhatsApp, o irmão do ex-secretário, Carlos Evaldo Terrinha, disse que ele estava indo para casa, “livre, leve e solto”, a caminho de sua casa, “para aconchego do seu lar e alegria de sua família”. Pedro Elias pagou fiança de R$ 95,4 mil.

A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) terá que monitorar Edilene e Melo por tornozeleira eletrônica, equipamento que o casal já está utilizando, conforme a decisão do TRF1.

O casal deve ficar na capital, não podendo se ausentar da residência entre o período de 19h às 6h. Caso Melo resolva ir para o sítio de sua propriedade, que fica em Rio Preto da Eva, ele precisa pedir autorização da Justiça. Eles ficaram presos por quase 120 dias.

Os passaportes de ambos estão de posse da Justiça. O documento de Melo foi entregue ano passado, e o da ex-primeira-dama hoje.

Custo Político

A Operação Custo Político tem por objetivo investigar os crimes de corrupção ativa, de corrupção passiva, de lavagem de capitais e de organização criminosa.

Os crimes eram praticados por membros da organização criminosa alvo da primeira fase que, utilizando-se dos recursos públicos desviados do Fundo Estadual de Saúde do Amazonas, realizavam pagamentos de propina a agentes políticos e servidores públicos.

O objetivo do grupo era obter facilidades dentro da Administração Pública estadual, tais como agilizar a liberação de pagamentos, obtenção de contratos públicos e o encobrimento dos ilícitos praticados.

O nome da Operação Custo Político é uma referência à expressão utilizada pelo empresário Mouhamad Moustafa para denominar as vantagens indevidas (propinas) pagas aos ex-secretários e outros servidores públicos.

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