Homem é condenado a 22 anos de prisão por feminicídio. Ele matou garota de programa enforcada em Tefé

Réu foi condenado a 22 anos de prisão em regime fechado pelo feminicídio de garota de programa. Foto: Divulgação

Em sessão de julgamento realizada na última semana, durante o mutirão “Justiça pela Paz em Casa”, o Conselho de Sentença da Comarca de Tefé (distante 525 quilômetros de Manaus) condenou Eduardo Lopes Carvalho, a 22 anos de prisão, inicialmente em regime fechado, pela morte de Marcela do Carmo Neves.

O crime aconteceu em 2016 e teve grande repercussão no município, por conta da violência e motivação fútil. No dia 28 de setembro de 2017, por volta das 22h, Eduardo Carvalho, de 22 anos, entrou em uma pousada após acertar um programa sexual, no valor de R$ 30, com Marcela Neves, 34.

Enforcada

No entanto, segundo testemunhas ouvidas na Ação Penal 2199-55.2016.8.04.7500, no encontro, houve um desentendimento entre Eduardo e Marcela e ela se recusou a devolver o dinheiro recebido pelo programa.

O agressor teria, então, enforcado Marcela até a morte e ainda violado o corpo dela, cometendo também o crime de vilipêndio a cadáver.

Por unanimidade, os jurados do Conselho de Sentença reconheceram a materialidade do crime durante o julgamento, em sessão pública do Tribunal do Júri.

Motivo fútil e vilipendio

Sob o réu recaíram, ainda, quatro qualificadoras – motivo fútil, feminicídio, vilipendio a cadáver e utilizar meio que dificultou a defesa da vítima – que ampliaram a pena imposta.

“As circunstâncias do crime foram graves por conta da forma como o mesmo fora praticado, com extrema violência e absoluto menosprezo pela vida humana. Consolido a pena em 22 anos de reclusão em regime fechado, inicialmente. Considerado que o réu ficou preso durante toda a instrução e agora com muito mais razão deverá ficar preso”, destacou o juiz Luís Claudio Cabral Chaves, que responde cumulativamente pela 1ª Vara da Comarca de Tefé e presidiu o julgamento.

Justiça pela Paz

Além de julgamentos e audiências de instrução a campanha “Justiça pela Paz em Casa”, em Tefé, também teve uma programação extra, que incluiu a realização de um casamento coletivo, com a participação de 30 casais.

A atividade foi conduzida pelo juiz Luís Claudio Chaves. “É um momento de dar ênfase aos serviços realizados no âmbito da Justiça e que beneficiam diretamente a população do Município. A semana foi muito proveitosa pelo fato de podermos ter atendido o nosso jurisdicionado pela melhor maneira possível”, destacou o magistrado.

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