Justiça pode prorrogar inquérito sobre morte de advogado e vítimas temem soltura do delegado que o matou

Foto: Reprodução

Está nas mãos da juíza do 1º Tribunal do Júri, Mirza Telma de Oliveira, o pedido de prorrogação por mais dez dias para a conclusão do inquérito que apura as causas do assassinato do advogado Wilson Justo Filho, morto com quatro tiros disparados pelo delegado de Polícia Civil Gustavo Sotero, na madrugada do dia 25 de novembro, no Porão do Alemão.

A prorrogação foi requisitada pelo delegado Josué Rocha que integra a comissão especial da Unidade de Apuração de lícitos Penais (UAIP) que apura casos envolvendo policiais civis e que funciona nas dependências da Delegacia Geral.

A reportagem do Portal do Marcos Santos apurou que o pedido de Josué Rocha se fez necessário diante da ausência de laudos periciais que ainda estão pendentes no inquérito.

Com o pedido de prorrogação, advogados que atuam na defesa das vítimas temem pela soltura do delegado que permanece preso preventivamente em uma carceragem da DG à disposição da Justiça.

Exoneração

Na semana passada, Gustavo foi exonerado do cargo comissionado que ocupava como delegado titular no 1º DIP. A Corregedoria do Sistema de Segurança Pública do Estado instaurou  um procedimento administrativo (PAD), medida adotada para casos mais graves que envolvem servidores dos órgãos de segurança pública.

Após a conclusão do PAD, que pode levar 90 dias e, caso necessário, ser prorrogado em razão de diligências, o delegado pode até ser demitido da corporação.

Diante do PAD, a corregedoria determinou o afastamento do policial e a retirada do porte de arma de Sotero um dia após o crime.

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