Novo round: Presidente do Conselho Fiscal da Unimed rebate diretoria e Conselho Administrativo

Conselho Fiscal da Unimed está em choque com diretoria e Conselho Administrativo

Colaboradores da Unimed, aqui conhecendo mais sobre o sistema nacional, aguardam apreensivos o desfecho da atual disputa na cooperativa médica

A presidente do Conselho Fiscal da Unimed Manaus, Ramza Badr de Lima, respondeu às informações publicadas por este portal. Denuncia “dificuldades” impostas pela diretoria para o exercício das atribuições do conselho. Rechaça a acusação de que esteja retaliando pelo rompimento do contrato com a Cooperativa dos Anestesiologistas (Coopanest) à qual pertence. Revela que o conselho é assessorado pelo escritório Zaidan Advogados e JM Consultoria Contábil.

A resposta do Conselho Fiscal da Unimed confirma Assembleia Geral convocada para destituir diretora, Corina Viana, e Conselho Administrativo. Enfatiza que há um corpo de superintendentes que podem tocar a instituição na transição. E cita o exemplo da Unimed-RJ que, após mudança semelhante em 2016, teve lucro em 2017.

Quanto às indagações de como este portal teve acesso a material sigiloso, elas são comuns. O sigilo é dever funcional. A publicação essência do jornalismo e obrigação do jornalista. Não cabe, no mundo atual, a alegação de que informações de interesse público “não podem” ser divulgadas. Quem decide se a informação é boa ou não e o que fazer com ela é o usuário da Unimed. É ele que vem sentindo na pele os reflexos das agruras internas da cooperativa. Tomara que sejam resolvidas.

Eis a íntegra da carta enviada ao portal pela presidente do Conselho Fiscal da Unimed, Ramza Badr de Lima:

 

“Ilmo. Sr.

Marcos Santos/Portal do Marcos Santos,

Cumprimentando-o, solicito a publicação dos esclarecimentos abaixo, como o mesmo destaque e espaço em relação à matéria intitulada “Diretoria da Unimed se defende e revela trapalhada que pode fechar a cooperativa de saúde. Saiba as razões dessa briga”, publicado em seu prestigiado Portal de Notícias, no dia 04/12/2017, na medida em que foram citados o Conselho Fiscal da UNIMED Manaus e o meu nome.

  1. O Conselho Fiscal da UNIMED Manaus, sob minha coordenação desde 31/03/2017, vem exercendo suas atribuições, mesmo com dificuldades impostas pela Diretoria Executiva e Conselho de Administração, de forma estritamente técnica e respeitosa, sem propor guerra a quem quer que seja. Produzimos apenas documentos técnicos;
  2. Estranha-se o fato de que documento interno assinado pela Diretoria Executiva e Conselho de Administração, repleto de graves equívocos, tenha ganhado publicidade nesse prestigiado Portal, pois trata-se de documento interno de interesse dos médicos cooperados e com dados fiscais protegidos por lei, razão pela qual, espera-se, seja apurada a responsabilidade de quem promoveu tal publicidade;
  3. O comentário de que haja retaliação por conta de rompimento contratual da COOPANEST (Cooperativa do Anestesiologistas), com a UNIMED, causa mais estranheza ainda, pois nunca se ouviu tal comentário, o mesmo surge pela primeira vez nesta matéria, o que sugere que seja fruto de alguma mente doentia e leviana que serviu de informante deste prestigiado Portal, pois nunca fui dirigente da Coopanest, nela apenas cumpri um plantão e meio nos últimos seis meses e praticamente toda a minha renda advém da produção como médica na UNIMED. Ademais, todas as decisões do Conselho Fiscal são colegiadas (somos 5 conselheiros) seguindo as orientações técnicas de nossos competentes assessores. Somos assessorados juridicamente pelo escritório Zaidan Advogados e contabilmente pelo Escritório JM Consultoria Contábil, ambos entre os mais experientes e respeitados, em seus respectivos ramos, em nosso Estado;
  4. É verdade que a UNIMED possui uma dívida elevada, conforme indica o documento neste portal publicado de autoria da Diretoria Executiva e do Conselho de Administração. Contudo, deveriam tais órgãos da Administração buscar explicar à sociedade que a UNIMED Manaus também possui mais de 900 médicos dedicados e a maior receita em termos de Operadoras de Plano de Saúde no Estado do Amazonas, ao invés, como tudo indica, dar publicidade a notícias distorcidas e gerar desconfiança dos clientes em relação à própria UNIMED.
  5. De fato, o Conselho Fiscal decidiu convocar assembleia geral extraordinária para destituição exclusivamente da Diretora Executiva e dos membros do Conselho de Administração, cujas razões foram técnica e devidamente fundamentadas. Caberá, portanto, aos médicos cooperados decidirem democraticamente a respeito. Frise-se, a UNIMED possui superintendentes e grande corpo técnico administrativo que permanecerão exercendo suas atribuições, garantindo, assim, a continuidade das atividades administrativas, independentemente, de quem esteja ocupando os cargos de Diretor Executivo e Conselheiro de Administração, como ocorre em toda grande empresa.

Tem-se como exemplo o que ocorreu com a UNIMED-RIO, que mesmo sob direção fiscal imposta pela ANS por grave crise econômica financeira, teve sua diretoria destituída em assembleia geral em 2016 e já no primeiro trimestre de 2017 obteve lucro de mais de R$ 100 milhões, começando a sair da crise financeira em que se encontrava, em claro benefício dos seus médicos cooperados e, principalmente, de seus clientes.

Era o que tinha a esclarecer.

Atenciosamente,

Ramza Badr de Lima”

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