Juiz decreta prisão preventiva de casal que abusava de bebê de 7 meses. Criança está em guarda judicial

Médico peruano de 45 anos e a mulher, mãe da criança, tiveram a prisão preventiva decretada. Bebê de 7 meses está sob proteção policial. Foto: PMS

A Justiça do Amazonas decretou a prisão preventiva do casal acusado de estupro de uma bebê de 7 meses dentro de um motel no Coroado, zona Leste, ocorrido na última quinta-feira (31). O juiz plantonista Luis Alberto Nascimento Albuquerque converteu em prisão preventiva a prisão em flagrante do casal. A criança está sob proteção judicial.

A decisão foi tomada durante audiência de custódia na tarde na última sexta (1º), no Fórum Ministro Henoch Reis, no bairro de São Francisco. A partir da audiência de custódia, o processo passa a tramitar sob segredo de Justiça, na Vara Especializada em Crimes Contra a Dignidade Sexual de Crianças e Adolescentes.

O casal, um médico peruano de 45 anos e uma mulher de 24 anos, mãe do bebê, foi preso em flagrante na tarde da última quinta-feira (31), em um motel, após serem denunciados à polícia. Os funcionários do estabelecimento ouviram choro perturbador de uma criança e chamaram a polícia.

O caso

De acordo com a delegada Juliana Tuma, titular da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), em depoimento, os funcionários informaram que o infrator chegou ao motel conduzindo um carro e solicitou uma suíte. Eles argumentaram que não viram a jovem e a criança no interior do veículo, pois elas possivelmente estariam no banco de trás do automóvel. Segundo a autoridade policial, uma funcionária do lugar ouviu um choro perturbador de um bebê, vindo de um dos quartos. Diante disso, acionou os policiais militares, por meio do número 190.

“No local indicado os policiais militares encontraram o médico, a jovem e a filha dela. Na ocasião, constataram que a bebê estava nua. Os policiais então pediram para uma camareira verificar a genitália da bebê, quando foi constatada certa vermelhidão na região, com indícios de estupro. Em seguida o médico e a mãe da vítima, que se relacionavam há cerca de 10 anos, foram levados até a Depca e a bebê encaminhada ao Instituto Médico Legal (IML), para exame de corpo de delito”, explicou Juliana Tuma.

A titular da Depca afirmou que os laudos confirmaram conjunção carnal e coito anal na bebê. Os exames revelaram, ainda, que em virtude das condições dos órgãos os abusos já vinham acontecendo há bastante tempo. Na unidade policial, durante depoimento e, diante da confirmação do estupro pelo IML, a mãe da vítima afirmou que o médico seria pai da bebê, mas que nunca havia mostrado amor paternal pela filha. A jovem disse, ainda, que presenciou diversas vezes atitudes suspeitas do infrator com a vítima.

Segundo a delegada, a mãe contou que naquela tarde no motel afirmou ter visto o parceiro assistir filmes pornográficos com as mãos nas nádegas da bebê, que estava despida. Ela argumentou que chegou a Manaus aos 15 anos para trabalhar como doméstica, na casa do médico, quando eles começaram a manter relações sexuais que, segundo ela, não era consentido.

“Quando engravidou, passou a nutrir um sentimento por ele e, por isso, nunca o denunciou. A jovem afirmou que o médico é o pai da bebê, porém, ele só vai registrar a menina mediante comprovação da paternidade, por meio de exame de DNA”, declarou a titular da Depca.

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