David Almeida rebate críticas e insinua que Amazonino e seu grupo querem criar clima para Estado de emergência

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David Almeida afirmou que irá ao TCE apresentar detalhes dos gastos do Governo e diz que Amazonino ainda não tem legitimidade para falar como governador. Foto: Divulgação Secom

Durante reunião no final da tarde desta segunda-feira (28) para anunciar um abono para professores e pedagogos do Estado, o governador interino David Almeida rebateu críticas feitas à sua gestão e atacou o novo eleito para o cargo, Amazonino Mendes (PDT), que será diplomado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AM) no dia 2 de outubro.

David Almeida afirmou que irá ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) nesta terça-feira (29) para apresentar detalhes de gastos realizados, contestando informações de Amazonino Mendes feitas aos conselheiros da corte, hoje, de que teria autorizado pagamentos sem necessidade e inapropriados que somam R$ 600 milhões.

No TCE, Amazonino pediu que licitações, convênios e pagamentos não realizados sejam suspensos nos próximos 30 dias, porque David tem um governo tampão e não “irá governar o Estado por muito tempo”.

“Primeiro ele precisa saber o que são estes gastos e ter legitimidade, o que ainda não tem para falar como governador. Os dados que temos mostram exatamente o contrário e irei ao Tribunal apresentar nossas contas. Se for preciso posso postar na minha rede social ou do governo, para dar transparência e acabar com essa intenção de instalar o caos”, falou David Almeida.

O governador insinuou que estão querendo criar um estado para decretar situação de emergência, o que significaria ter dispensa de licitações futuras. “Posso afirmar que o futuro governador terá, só para investimentos, R$ 415 milhões para infraestrutura e mais R$ 350 milhões para a educação, dinheiro que está em caixa. Dá até para começar a sorrir”, contabilizou.

O governador interino afirmou que sua gestão tem incomodado muita gente, que queria que ele “apenas sentasse na cadeira e recebesse ordens, não fizesse nada e fosse inábil e ineficiente. Vão ter a obrigação de fazer mais e melhor do que eu fiz”, continuou David, fazendo clara referência ao governador eleito e ao grupo que o apoiou na campanha, incluindo o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB).

David Almeida se mostrou surpreso, pois imaginava que Amazonino seria um “homem muito experiente, mais que está agindo até com infantilidade”. Apresentando dados, ele lembrou que ao assumir, em 9 de maio deste ano, pegou o Estado com um déficit de mais de R$ 634 milhões e que hoje esse número é de R$ 103 milhões, e que vai entregar um governo com aumento de arrecadação do ICMS da ordem de 19,57% e que saiu do limite da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) pela primeira vez em 27 meses.

“Não fiz despesa que pudesse impactar no Estado. O que queriam eram sustar o aumento dos policiais, o abono dos professores, que deixei para depois da eleição para não ser acusado de usar como situação política. Eles conhecem os números, mas estão acostumados a ter uma estimativa de fazer política com dinheiro sobrando. Não sabem fazer com economia e vão se perder”.

David Almeida confirmou que o Amazonas passa por dificuldades, mas que pegou o Poder Executivo com 82% do orçamento executado e está na contingência. “Querem criar o caos. Imagina se o Estado fica 30 dias sem realizar pagamentos? Querem criar um clima para depois de uma semana da posse anunciar emergência e liberar licitações”, falou o governador interino.

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