“Voto nulo não é protesto! É retrocesso”, diz Marcelo Ramos

Eduardo Braga diz contar com a adesão de diversas categorias para ganhar as eleições, principalmente da juventude. Foto: Divulgação

Uma campanha atípica, com eleitores “silenciosos”, parecendo não muito entusiasmados com o atual cenário político do Amazonas. Nas ruas, também são poucas as demonstrações de apoio a ambos os candidatos ao governo do estado. Essa é a avaliação de quem vivencia a política local e se preocupa com o que chama de “imaturidade” daqueles que anunciam estar decididos a votar branco ou nulo.

“Voto branco e nulo não é uma forma de protesto. Somos donos do nosso destino. Quem age assim está entregando essa chance de mudança do nosso futuro”, avalia Marcelo Ramos, candidato a vice governador pela coligação “União pelo Amazonas”. “A decisão soberana do povo é maior do que o desejo individual de cada um. E é por isso que estamos no segundo turno”, dispara.

De acordo com Marcelo, a melhor forma de protestar contra tudo o que está aí é votando. “Queremos a chance de provar que com experiência, maturidade, juventude e muita vontade de trabalhar é possível transformarmos esse cenário”, explica, completando que o que tá em discussão não é se os candidatos são os ideais. Mas, sim, quais são os mais preparados.

“Basta o eleitor fazer uma reflexão racional, levando em conta a trajetória de cada um dos candidatos, comparada ao que estamos propondo para superar a crise no estado”, diz Marcelo. Para ele, não é possível que uma candidatura possa se consolidar com compromissos como “amar” e “arrumar a casa”.

“Como você vai dizer para uma mãe que perdeu o filho por conta do tráfico, por exemplo, e pede ao estado que dê segurança aos moradores, ‘eu te amo’ e ‘vou arrumar’ a casa? Não dá para imaginar alguém assim no governo.”

Eduardo Braga diz contar com a adesão de diversas categorias para ganhar as eleições. O apoio da juventude, segundo ele, também tem sido importante nesse segundo turno. “Muitos jovens estão com a gente e cremos que vamos virar esse jogo. Eles sentem na pele a falta de investimento na educação, cultura e segurança”, afirma.

Meia passagem

O funcionário público Yan Ivanovich, que sempre teve o nome associado a movimentos estudantis, está otimista e diz que o sentimento é de virada. “Estamos com as mangas arregaçadas.”

Conforme Yan, em 2009 os estudantes tiveram que ir às ruas contra Amazonino Mendes, prefeito de Manaus na época, em prol da meia passagem, uma das primeiras conquistas após a redemocratização do Brasil.

“O Amazonino tentou acabar com a meia passagem. Por isso fomos lutar e resistimos bravamente. Não vamos ser coniventes, nem cúmplices com o retrocesso. Precisamos resgatar a esperança das pessoas e dizer que tudo o que não é 15, número de Eduardo Braga, é voto para o adversário. Isso vai fazer o estado voltar ao passado.”

Ex-vereadora pelo PCdoB Lúcia Antony é enfática ao afirmar que o Amazonas não pode parar, nem tampouco voltar para trás.

“É preciso romper com o passado. Temos que olhar para futuro. Não podemos deixar de pensar em resgatar valores. Precisamos regatar o que melhora a qualidade de vida do povo, tirar os meninos das ruas e das drogas. Queremos um futuro com dignidade para os nossos filhos. Esse caminhar de reflexão e compromisso será possível com Eduardo Braga”.

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