A poética do imaginário caboclo, apresentado em três atos pelo Boi Caprichoso no 52º Festival Folclórico de Parintins, começou na noite de sexta-feira (30/06). Os elementos-surpresa ficaram por conta do ilusionista Issao Imamura e a levitação feita pelo Pajé Netto Simões, durante o ritual.
A primeira noite denominada “A tecedura – A gênese da cultura cabocla” revelou a amálgama que gerou o caboclo amazônida, resultado da miscigenação de muitos povos, culturas e experiências. O apresentador Edmundo Orna surgiu na arena em um guindaste.
Para abrir o espetáculo o Caprichoso apresentou a Exaltação Folclórica assinada pelo artista Juarez Lima. Na alegoria surgiram os itens Sinhazinha da Fazenda (Valentina Cid), o Amo do Boi (Prince do Caprichoso) e a estrela da festa (Boi Caprichoso). A rainha do folclore Brenna Dianná veio do alto dentro de um muiraquitã.
No item Lenda Amazônica, o Boi Caprichoso usou o imaginário caboclo para contar a lenda Templos de Ouro. Obra do artista Márcio Gonçalves e equipe, o Caprichoso transcendeu as fronteiras da floresta e entorpeceu o mundo nos sonhos que fizeram conquistadores, desbravadores e antigos navegantes aportarem em busca do Eldorado. A alegoria trouxe a cunhã-poranga Marciele Albuquerque.
Das misturas que teceram o imaginário caboclo, uma referência se destacou: o Cine Teatro Brasil de Parintins, alegoria do artista Glaucivan Silva, no item Figura Típica Regional, que revelou a Porta-Estandarte Marcela Marialva. A alegoria transformou-se em “O Caboclo Ribeirinho”.
O Ritual antropofágico Tupinambá, fechou o primeiro espetáculo sob a magia do artista Junior de Souza. Mas, quem brilhou foi o Pajé Neto Simões, que levitou no ritual.
Deixe um comentário