Unidades de saúde de urgência estão em alerta para casos de H1N1

Com o surgimento de novos casos de infecção pelo vírus H1N1 no país, principalmente em estados da região Sudeste, a Secretaria Estadual de Saúde (Susam) está alertando as unidades da Rede de Urgência para que reforcem as medidas de monitoramento dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave a fim de assegurar o diagnóstico precoce de eventuais casos.

Segundo dados da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS), vinculada à Susam, o Amazonas tem somente um caso confirmado de H1N1 neste ano. A notificação ocorreu em Manaus, no início deste mês. “Mas estamos num período chuvoso, época em que normalmente as infecções respiratórias registram aumento e é importante ficarmos alertas. Hoje, a circulação dos vírus ocorre com maior facilidade devido ao fluxo intenso de pessoas entre as várias regiões do País. Por isso estamos reforçando as rotinas de monitoramento para o H1N1”, afirmou o secretário estadual de Saúde, Pedro Elias de Souza.

O diretor-presidente da FVS, Bernardino Albuquerque, explica que, a partir dos quadros de epidemia de H1N1 registrados nos últimos anos, o monitoramento do vírus passou a ser rotina para todos os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave. Estes casos, que normalmente levam o paciente à Unidade de Terapia Intensiva, são testados para o H1N1. “A unidade de saúde notifica o Laboratório Central, que realiza a coleta do material para análise e processa o exame. Além disso, também fazemos o monitoramento em pacientes com quadro gripal comum, mas nesses casos, usamos a metodologia de exames por amostragem”, informou Bernardino.

No ano passado, o Amazonas não registrou casos de H1N1. “Mas é importante destacar que este vírus tem circulação endêmica e o monitoramento é necessário. Havendo registros de caso, é preciso acompanhar se isto começar a ocorrer de forma exponencial, para redirecionar as estratégias de diagnóstico e assistência. Até o momento, estamos num quadro tranquilo e as infecções respiratórias, comuns desse período do ano, mantêm-se associadas, principalmente, ao vírus da Influenza B e ao Vírus Sincicial Respiratório”, disse o diretor da FVS.

Prevenção

A diretora da Fundação de Medicina Tropical (FMT-HVD), infectologia Graça Alecrim, explica que as medidas de prevenção contra o H1N1 seguem as regras gerais para proteger-se contra os demais vírus de infecções respiratórias. “É importante lavar sempre as mãos, evitar locais fechados com grande aglomeração de pessoas, quando espirrar, evitar colocar as mãos tampando o rosto. O mais adequado é fazer essa proteção com a área do antebraço, porque as mãos, se não forem adequadamente lavadas, acabam ajudando a disseminar o vírus”, diz a infectologista.

Outra dica importante, que vale para os chamados grupos prioritários definidos pelo Ministério da Saúde – como é o caso de idosos, gestantes e crianças menores de 2 anos – é não deixar de tomar a vacina anual contra a gripe, que costuma incluir proteção contra o H1N1, na sua composição.

A campanha anual realizada pelo Ministério da Saúde está prevista para começar em todo o País no dia 30 de abril. “A vacina contra a gripe tem a função primordial de reduzir os quadros de complicações e as internações decorrentes das infecções causadas pelos vírus da Influenza. Mesmo que a pessoa venha a apresentar o quadro de gripe, o normal é que a vacinação garanta quadros mais brandos, sem maiores intercorrências”, destaca a médica.

 

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