A Fundação Municipal de Cultura e Turismo (Manauscult) promoverá na primeira semana de julho, a oficina “Interpretação aplicada à performance circense”, em parceria com a Funarte, para os profissionais das artes circenses de Manaus.
A oficina visa suprir uma demanda identificada de cursos de capacitação nas áreas do conjunto estrutural das artes cênicas – com foco, desta vez, na preparação dos profissionais das artes circenses. O curso é oferecido com o propósito de desenvolver os conceitos básicos do trabalho de criação, em todos os seus aspectos: concepção, dramaturgia, encenação, direção, atuação, performance e treinamento. A partir de exemplos concretos, o palestrante levantará a discussão teórica e a prática dos conceitos estabelecidos, visando instrumentalizar melhor os artistas envolvidos.
Para ministrar a oficina “Interpretação aplicada à performance circense”, a ManausCult, em parceria com a Funarte, trarão a Manaus, Rodrigo Robleño, um dos mais conceituados artistas cênicos de Minas Gerais, conhecido por seu trabalho como professor, palhaço, diretor e ator, sendo um dos maiores expoentes da cena “claunesca” no Brasil. Como reconhecimento de seu trabalho, em 2006, Robleño foi convidado a integrar a Trupe do Cirque du Soleil, no espetáculo “Varekai”, interpretando o personagem “Skywatcher”, criado por John Gilkey. Com o Cirque du Soleil fez a turnê da Oceania e da Europa, com aproximadamente 1.500 apresentações. Desde 1996, Robleño ministra cursos de palhaço (e outras técnicas) no Brasil e no exterior.
“O trabalho cênico, num nível profissional, depende da constante formação dos artistas; esse trabalho vem se manifestando, cada vez mais, nas ruas e espaços alternativos, principalmente em intervenções realizadas para grandes eventos, mas também é necessário na atualização de saberes no circo e nas outras linguagens cênicas. Hoje em dia, o ator/criador, seja ele do teatro, do circo, da dança ou da música, é extremamente necessário. As habilidades de um ator/criador devem ir além de suas habilidades de interpretação, execução ou performance. Ela deve englobar conceitos ligados a concepção geral de seu trabalho, como dramaturgia, encenação e outros”, afirma Robleño.
O público alvo da oficina são os profissionais das artes circenses de Manaus, com no mínimo, três anos de experiência comprovada.
A ficha de inscrição pode ser retirada no site da ManausCult e deverá ser entregue no setor de protocolo da ManausCult até às 17h do dia 21 de junho. Serão selecionadas, por ordem de chegada, as primeiras 18 solicitações que atenderem ao perfil das vagas. Os nomes dos selecionados serão divulgados no dia 26 de junho.
Sobre Rodrigo Robleño
Aos 12 anos entra no teatro, passa por cursos introdutórios, teatro amador e, por fim, forma-se no Curso de Formação de Atores do Teatro Universitário da UFMG, em 1990. Foi nessa escola onde teve seus primeiros contatos com a arte do clown, com o grupo “La Pista 4”, da Argentina, em 1989. Em 1991/92, foi coordenador de Artes Cênicas da FUNARBE/Betim, dirigindo o grupo teatral local e dando aulas de teatro e técnicas circenses, entre outras atividades.
Em 1992, faz um retiro de clown com o Grupo LUME, coordenado por Luis Otávio Burnier. Nesse momento sua carreira se define na linha do clown. Entre 1993 e 1995, viajou, como clown, por toda Espanha, passando chapéu na rua para sobreviver. Daí nasce sua máxima: “o maior mestre do palhaço é o público”. Durante esse período participou da “A.M. – Asociación de Malabaristas de Madrid” e treinou na escola de circo “La Carampa”.
De volta ao Brasil, funda o grupo “Homaro Komika”,especificamente um grupo de pesquisa e prática do palhaço. De 1996 a 2005 faz inúmeros espetáculos sobre palhaço, atuando, dirigindo, escrevendo. Também se destaca como professor da técnica. Nesse período, contribuiu com inúmeros grupos de teatro, circo e bonecos, em Minas Gerais. Também dirigiu o Circo de Todo Mundo, projeto de circo social, no qual ainda foi assistente de direção do espetáculo circense “Na Corda Bamba”.
Em 2000/2001 trabalha na TV, como co-apresentador de um programa infantil diário ao vivo, o TVX. No programa, vivia o palhaço “Viralata”, além de contribuir com o roteiro. Durente 2002/2003, faz uma parceria com o Grupo Armatrux, com quem funda a “Sociedade do Riso”, com o qual escreveu, atuou e dirigiu vídeos educativos protagonizados por palhaços.
Em 2005 foi convidado a ser Coordenador do FIT/BH (Festival Internacional de Palco & Rua de Belo Horizonte), responsabilizando-se pela programação de Espetáculos de Rua do FIT/BH 2006.
Em 2006 ingressou na Trupe do Cirque du Soleil, com espetáculo “Varekai”, interpretando o personagem claunesco “Skywatcher”, criado por John Gilkey. Com o Cirque du Soleil fez a turnê da Oceania e da Europa, com aproximadamente 1.500 apresentações.
De volta ao Brasil em 2010, continua sua pesquisa claunesca, apresentando-se, como o palhaço “Viralata”, impartindo cursos de teatro, circo e clown, oferecendo assessoria a grupos de teatro e circo e dirigindo espetáculos de palhaços. Os últimos grupos com os quais trabalhou foram Circo Crescer e Viver (RJ) (onde ministrou este curso), Cia. Circunstância (BH), Eduardo Dias (Mariana/MG), Circovolante (Mariana/MG) e Patrulha da Alegria (Sete Lagoas/MG). Participa de Festivais de Teatro e Festivais de Palhaço por todo o Brasil.
Atualmente, Participa ativamente do “Coletivo de Palhaços” de Minas Gerais, com o qual movimenta a cena claunesca do Estado.
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