Campanha pode centralizar em Lula e obscurecer propostas

O candidato Alfredo Nascimento definiu seu slogan, pelo que se deduz da propaganda eleitoral que está colocando nos carros: “O candidato do Lula”.

Isso é muito ruim.

Existe em política uma coisa chamada “pragmatismo eleitoral”. Quem não tem isso, dificilmente vai se eleger. O próprio Lula, por exemplo, para vencer em 2002 teve que abrir mão da ideia do socialismo. Para governar, foi obrigado a seguir o receituário do Plano Real.

Por esse princípio, o tal “pragmatismo”, Omar Aziz deve agora combater o slogan do adversário. Com isso, como se temia, Lula se torna o centro da campanha.

É muito ruim que seja assim. O ideal é que a campanha seja desenvolvida em torno de propostas. Sou a favor da ponte sobre o rio Negro e aplaudo o Prosamim. Mas o Estado precisa agora de propostas em direção ao interior subdesenvolvido, empobrecido, carente de ajuda de um poder central que só enxerga Manaus.

Lula, em 2011, quando começa a administração pela qual os candidatos da atual eleição estão lutando tanto, nem Presidente da República será mais.

É bom que a sociedade fique atenta. Uma campanha pobre de ideias, com uma luta centrada no personalismo e não em propostas, é tudo que o Amazonas não precisa.

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Comentários

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  1. Juliana disse:

    Como você já disse a campanha do (AN) não mostra propostas para o desenvolvimento do Amazonas, até parece que é o Lula quem vai governar o Amazonas! Mas eu sei que uma das propostas de Omar e com certeza um projeto do Eduardo é levar o prosamim para o interior do estado. E se alguns municípios estão subdesenvolvidos é porque os governos anteriores não faziam nada pelos nossos irmãos do interior, por isso, ainda tem muito trabalho a fazer. Mas o Eduardo e o Omar fizeram sim, muito por essas pessoas.

  2. neto disse:

    Que bom seria se voces da CBN pensassem mesmo em discussão de propostas. O que ouço e vejo, é uma campanha sistematica de queimacao de um candidato e de endeusamento do outro.

    Quanto ao Lula, esse é inquestionavelmente, um imã de voto, onde ele passa o voto cola. É por isso que os defensores do Omar estao com tanto medo, pois sem o Lula, nem Braga, nem Omar teriam feito o que fizeram.

    RESPOSTA:
    Concordo que a história de Lula é rica e permite essa diversidade de avaliação, mas, noves fora a política, pensar que o Amazonas é tão dependente assim diminui muito o talento e esforço dos amazonenses – tanto os nascidos como os que trabalham e produzem aqui. Olhe para as faculdades florescendo e lembre-se que isso só foi possível porque Paulo Renato, ministro da Educação de Fernando Henrique, abriu o ensino superior, tirando o Estado das 1,5 mil vagas por ano, exclusivas da Ufam, para as mais de 60 mil atuais…
    Enfim, se partirmos mesmo para um noves fora a política, vamos ver que o Brasil e o Amazonas são constituídos pela diversidade e coletividade. Culto à personalidade é coisa de ditadura.