Amazonino afirma que professores de escolas estaduais ganham mais que os da UEA. Veja o balanço dos seis meses

Amazonino Mendes ao lado de secretários do Estado

O governador Amazonino Mendes fez balanço de seis meses de gestão ao lado de secretários do Estado. Foto: PMS

O governador Amazonino Mendes reuniu a imprensa, na manhã desta quinta-feira (25), na sede do Governo, para prestar contas dos seus seis meses de gestão.

A coletiva começou com mais de uma hora de atraso e o governador ocupou a mesa da Sala de Imprensa acompanhado por secretários de Estado: Alfredo Paes (Sefaz), Lourenço Braga (Seduc), Bosco Saraiva e Cel. Paiva (Segurança), Francisco Deodato (Susam), Paula Kanzler (SPF), Oswaldo Said (Seinfra) e José Aparecido (Sepror). Antes da coletiva, Amazonino fez uma reunião com todo o secretariado.

Ele destacou as avanços de seu governo, afirmou que os professores das escolas estaduais agora ganham mais do que os da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e defendeu o gasto de R$ 5 milhões na contratação da empresa do ex-prefeito de Nova Iorque, Rudolph Giuliani, para consultoria na área de segurança. Também disse que o pedido de impeachment que tramita na Assembleia Legislativa do Estado é “meramente politicóide” e que a minoria na Casa Legislativa é uma “opção”.

Veja os principais trechos da entrevista:

Arrumar a casa

Não nos termos que a gente almeja. É muito pouco tempo, a gente não é ‘milagreiro’. Estamos apenas trabalhando com decência, ética e com seriedade, e tanto quanto possível com competência, com determinação e vontade de fazer as coisas.

 

Finanças

O Amazonas é o quarto do Brasil, na frente da gente tem São Paulo, Goiás e Espírito Santo. Por que? Que foi que houve? Verdade, tivemos ajuda do progresso nacional, mas as medidas que nós adotamos foram muito eficazes, muito eficientes. Então, hoje o Estado, do ponto de vista financeiro, está equilibrado. É invejável com relação aos demais estados brasileiros. Isso nos permitiu fazer algo extremamente audacioso, cumprir o que não fizeram, obrigatoriamente, em quatro anos, que foi dar a data-base aos órgãos mais importantes do Estado, em termos de quantitativo de servidores, em termos de necessidade de serviços: educação, saúde e segurança. Nós fomos os maiores índices da nação brasileira. O resultado disso tudo é um acréscimo de R$ 400 milhões na folha deste ano. Isso só foi possível graças a exemplar política financeira do Estado.

 

Avanços

Acho que em todos os setores houve uma mudança substancial. Não acho bom fazer o tempo todo crítica. Já se fez demais em relação aos governos passados. Notadamente em respeito à  saúde pública, que é serviço essencialíssimo Houve descaso criminoso com saúde pública, dívidas gigantescas, forma de administração absolutamente equivocada. Hoje o  pronto-socorro não é mais aquele pronto-socorro. Evidente que a destruição é rápida e a construção é demorada.

 

Educação

Hoje nossos professores têm os melhores salários do Brasil. Ganham mais do que os professores da UEA. Nós não fizemos apenas o milagre do resgate das datas-bases atrasadas, fizemos trabalhos internos importantes. Também na recuperação física das escolas. Mas o avanço mais importante é na merenda escolar.

 

Interior

Não via perspectiva sequer de obras há 4 anos. Vamos gastar R$ 550 milhões no interior, em todos os municípios, em serviços de saneamento, asfalto. Fazendo um trabalho grande no interior no setor primário, que não existia. Hoje tá tudo programado. A mudança é muito grande. A diferença é muito positiva.

 

Segurança

Não tem milagre nenhum, não gastamos dinheiro na segurança. Foi só determinação, trabalho, vontade específica. Os índices caíram bastante. Os índices provam a eficácia da mudança. Em síntese, o Estado é outro.

 

Impeachment

Isso não é política. Entendo que é politicalha, é politiquice. Fizeram tanto molecagem com esse Estado, tanta safadeza, não vi ninguém falar em impeachment. Um homem que está restaurando o Estado. Então, a gente não dá importância para coisas sem nexo, sem lógica. Todo mundo sabe que a procedência desse pedido é meramente politicóide. Então, o que eu tenho que argumentar: nada.

 

Contrato com Giuliani

Estive em Nova Iorque, em reuniões, eu fiquei pasmo: a tecnologia é completamente diferente. É uma inovação. É falso dizer que deu certo apenas em Nova Iorque, é mentira. Ele resolveu em Honduras, na Colômbia, Medellin. Hoje recebi pedido do chefe da segurança argentina para acompanhar a equipe de Giuliani aqui. É mentira que celebrou contrato de R$ 12 milhões com o Rio de Janeiro, nunca cuidou da segurança lá. Não é verdade isso, isso não existe. O que é cinco milhões para salvar vidas.

 

Fusão Seplan/Seplancti

Não estava muito certo o que fizemos do ponto de vista técnico, do ponto de vista administrativo era perfeito, corretíssimo. Estamos aqui sujeitos às leis, regulamentações jurídicas. O trabalho que a Casa Civil fez em relação a esse procedimento foi um pouco duvidoso, mas tem defesa jurídica. Então sempre opto pela eliminação da dúvida. Não prejudicou ninguém. Tenho que respeitar a lei.

 

Minoria na Assembleia Legislativa

Eu simplesmente fiz uma opção. Você pode governar no conluio político, no acordo político, em detrimento da população. Ou você pode governar voltado para a população em detrimento da organização política. Fiz minha opção. Acho uma opção moderna. É uma opção que o Brasil aspira, que o povo brasileiro quer, menos política mais administração. Não desmereço nenhum político, cada um cumpre seu papel da forma que entender. O povo julga. A relação é meramente institucional. Agora estou sujeito, evidente, a essas brincadeiras. Por exemplo, a de que não prestei contas de quando fui aos Estados Unidos e pedir meu afastamento. Acho brincadeira, desrespeito à própria Casa, desmerece a Casa, avilta o mandato que é pago pelo povo.

 

Regularização fundiária

Estou muito feliz com o trabalho desenvolvido pelo Estado. Já demos cinco mil títulos. É um trabalho tanto feito na capital quanto no interior. Essa irregularidade fundiária é muito grande, está em desacordo com nossa ideia de desenvolvimento do setor primário, sobretudo. O produtor no interior fica sem aquele bem que pode ser dado em garantia para fazer empréstimo. As pessoas que têm sua residência em Manaus ficam inseguras. Em Barreirinha vão ser 2.500 títulos. Enfim, nossa meta para este ano são 12 mil regularizações.

 

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