Operação “Tribunal do Crime” prende “Peruano”, apontado como operador de Mano G no Bairro da União, do Comando Vermelho

“Peruano”, de cabeça erguida, é apontado pela polícia como o líder do grupo no Bairro da União. Organização tem como chefe maior o Mano G, ex FDN. Foto: David Batista/ PMS

Marco Aurélio de Moraes Pinheiro Júnior, o “Júnior Peruano”, e Alexsandro Oliveira dos Santos, 29, o “Sandrinho”, foram detidos em cumprimento a mandados de prisão por homicídio qualificado, ocultação de cadáver e organização criminosa do dependente químico Ronniery Nascimento Rodrigues, 30.

“Sandrinho” já cumpre pena no sistema prisional por homicídio e Alexsandro é apontado pela polícia como líder do grupo no Bairro da União.

Tribunal do Crime

A prisão foi realizada durante a operação “Tribunal do Crime”, realizada nesta quarta-feira (25), pela Polícia Civil, deflagrada nos bairros da União e Parque Dez, por equipes do Departamento de Repressão ao Crime Organizado (DRCO), Delegacia Especializada de Ordem Política e Social (Deops), Secretarias Executiva-Adjunta de Operações (Seaop) e Secretaria-Executiva-Adjunta de Inteligência (Seai), da Secretaria de Segurança Pública (SSP), e 23ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom).

Segundo investigação relacionada ao homicídio de Ronny, o diretor do DRCO, delegado Guilherme Torres, apresentou o organograma final da organização criminosa que atua na região, que tem como líder o narcotraficante Gelson Carnaúba, o Mano G, hoje do Comando Vermelho (CV). Carnaúba está detido no presídio federal de Catanduvas. No organograma estão citados os líderes, mandantes do homicídio, soldados e executores diretos.

“Peruano” foi preso na rua Visconde de Porto Seguro, no Parque Dez. Até agora foram identificados nove pessoas envolvidas na execução, entre elas Fernando dos Santos da Silva, 30; Gean Gomes das Chagas, 22, o “Babidi”; e Thiago Nazaré da Silva, 22, o “Chili”, detidos no último dia 28 de março.

A ordem para executar Ronniery partiu do traficante Adriano Rolim da Silva, o “Dri”. Ele responde a seis processos no Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), sendo três por homicídio e um por tráfico de drogas, e tem ligação com a facção criminosa chamada de 300 Espartanos, que atua na comunidade.

Segundo o diretor do DRCO, há uma informação não confirmada de que “Dri” teria sido morto no Rio de Janeiro, para onde teria fugido, mas não há corpo comprovando a morte até o momento.

Hoje, foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão para coletar informações e a região continua sendo monitorada pelas forças de segurança.

Linhas de investigação

Ronny pode ter sido morto por vingança ou disputa por ponto de drogas. Seu corpo foi encontrado decapitado e enterrado ontem, em uma área de mata, conhecida como “Buritizal”, na comunidade União, bairro Parque Dez.

Segundo Torres, a execução do dependente químico, que foi decapitado e esfaqueado diversas vezes, foi determinada durante uma videoconferência feita pelo WhatsApp entre “Dri” e os demais membros.

“Descobrimos que os traficantes da área fazem reuniões com os próprios moradores apresentando quem atua na comunidade, o que é um abuso”, falou o delegado.

Uma motivação para o crime pode ter sido a participação de Ronniery no tráfico na região sem a permissão dos chefes ou por ele ter tentado armar a prisão de um rival.

O crime

Segundo Torres, a vítima foi convidada para uma reunião e foi surpreendida pelo grupo, que torturou e matou o homem a facadas. A polícia confirma que ele também foi decapitado antes de ser enterrado. A polícia procura ainda quatro foragidos, incluindo o Coreano.

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