A ex-secretária de Infraestrutura do Estado Waldívia Ferreira de Alencar, presa na manhã desta quarta-feira (18) na operação Concreto Armado, é acusada de integrar uma organização criminosa que teria desviado pelo menos R$ 25 milhões dos cofres públicos. As investigações também revelaram um patrimônio milionário da ex-secretária, avaliado em R$ 11 milhões, incompatível com os seus rendimentos.
Waldívia foi detida na sua residência no Condomínio Ephygênio Sales e levada para fazer exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML). Ela ficará presa no Centro de Detenção Provisória Feminina (CDPF), no KM 8 da BR-174.
A operação Concreto Armado é do Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE-AM), através do Gaeco/Caocrimo. A investigação apontou a não execução de obras e serviços e superfaturamentos de contratos e licitações em valores superiores a R$ 25 milhões, no período em que Waldívia foi secretária.
As investigações também identificaram movimentações financeiras atípicas. Waldívia teria realizado saques, entre 11/12/2013 a 22/08/2016, de R$ 1.420.040,00. O esposo dela teria realizado, entre 16/08/2010 a 31/03/2016, depósito de R$ 1.114.020,00 em contas a serem identificadas.
Patrimônio milionário
As investigações revelaram, ainda, que a ex-secretária e seus familiares possuem em seu próprio nome e em nome de empresas, ao todo, 23 imóveis avaliados em mais de R$ 11 milhões, espalhados no Amazonas e Santa Catarina.
Entre os imóveis há duas casas no Condomínio Ephygênio Sales, um supermercado que ocupa um quarteirão, três flats de luxo para aluguel e cinco imóveis na cidade de Florianópolis/SC.
Por que o TCE/AM não detectou essas desvios milionários? ineficiência ou cumplicidade?
RESPOSTA
Waldívia foi condenada em vários processos por irregularidades nas prestações de contas. A investigação do GAECO também se baseou nos relatórios do TCE.