O Ministério Público do Estado do Amazonas (MP-AM) pediu o bloqueio de bens da ex-secretária de Estado de Infraestrutura Waldívia Alencar, avaliados em R$ 11 milhões. Em um levantamento preliminar, foram encontrados 23 imóveis no nome da ex-gestora e de familiares.
“O crescimento patrimonial da ex-secretária foi assustador”, observou o procurador-geral de Justiça, Fábio Monteiro, durante coletiva de imprensa, realizada na manhã desta quarta-feira (18), na sede do MP-AM. Ele disse que também foi pedido o bloqueio das contas bancárias.
As irregularidades em licitações e convênios apontadas pelo Tribunal de Contas e os dados referentes a movimentações financeiras e crescimento patrimonial foram a base de investigação da Operação Concreto Armado, que resultou na prisão da ex-secretária na manhã de hoje.
Segundo investigações do MP, a ex-secretária teve um crescimento patrimonial injustificável durante o período em que foi gestora do órgão. Com um salário de cerca de R$ 12 mil, Waldívia adquiriu 23 imóveis em Manaus e Santa Catarina.
Em nome dela e de familiares, o MP-AM listou duas casas no condomínio de luxo Ephygênio Sales, um supermercado que ocupa um quarteirão, três flats de luxo para aluguel e cinco imóveis na cidade de Florianópolis/SC, entre outros
Além disso, durante busca e apreensão na residência da ex-secretária no Condomínio Ephygênio Sales foi encontrada uma planilha com uma relação de 40 imóveis que, possivelmente, pertenceriam a Waldívia.
Prisão
Waldívia Alencar foi presa na manhã desta quarta-feira acusada de participar de um esquema de desvio de recursos públicos em obras do Estado. Ela vai cumprir prisão temporária no Centro de Detenção Provisória Feminina, no KM 8 da BR-174.
A ex-secretária de Infraestrutura vai responder por crime de corrupção, peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
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