Serafim acusa Amazonino de usar máquina para fins eleitoreiros e cobra fiscalização

Amazonino em selfie com prefeitos

Amazonino faz selfie após a primeira reunião com prefeitos, na Sefaz, em março. Foto: Divulgação

O deputado Serafim Corrêa (PSB) classificou como “uso da máquina” para fins eleitoreiros o discurso do governador Amazonino Mendes (PDT) na reunião com prefeitos do interior, no sábado (14), ao prometer que irá buscar “outros caminhos” para irrigar os municípios, incluindo os inadimplentes, com mais de R$ 500 milhões, às vésperas da campanha.

No encontro, diante de uma plateia de 57 prefeitos, Amazonino tranquilizou prefeitos inadimplentes, informando que o estado faria “tudo que é possível” para a liberação dos recursos, incluindo o uso da Procuradoria-Geral do Estado. “Vamos procurar outros caminhos, outras formas. E gostaria que os prefeitos entendessem o seguinte – nós estamos todos no mesmo barco”, prometeu.

Para o deputado Serafim, a fala do chefe do Poder Executivo representa crime eleitoral e alerta os órgãos de controle, em especial o Ministério Público Eleitoral (MPE).

“O MPE tem que acordar e olhar para o outro lado da rua. O MPE é do lado direito e a Sefaz é do lado esquerdo. Reunião com prefeitos prometendo distribuir R$ 500 milhões, mesmo para aqueles que estão inadimplentes, utilizando a Procuradoria para buscar “outros caminhos” para que o dinheiro chegue nas mãos dos gestores, é crime. Que isso? Não tem criança aqui, não tem neném. Eu espero que o Ministério Público Eleitoral saia do seu mutismo e faça alguma coisa”, protestou o parlamentar.

Na reunião de sábado, Amazonino recebeu os prefeitos, um a um, e definiu repasses de recursos para os municípios. Foto: Clóvis Miranda/Secom

Estado falido

Em entrevista à imprensa no sábado, Amazonino afirmou que assumiu o estado falido, e definiu como “extraordinária” a ação de distribuir R$ 500 milhões aos prefeitos do interior.

Ocorre que, de acordo com o deputado Serafim, em 31 de dezembro de 2016 o governo possuía em sua conta R$ 1,9 bilhão. No primeiro quadrimestre (até 30 de abril) de 2017 tinham R$ 2,381 bilhões. No segundo quadrimestre (até 31 de agosto de 2017) tinham R$ 2,304 bilhões. No terceiro quadrimestre o estado possuía em seus cofres R$ 2,252 bilhões.

“Então vejam, o Estado em nenhum momento estava falido e nem quebrado. E estou abordando isso para desmontarmos esse discurso político de “peguei o estado quebrado”, esse vitimismo não procede. O que está acontecendo se chama “campanha eleitoral”, uso da máquina”, concluiu Serafim.

O discurso de Serafim Corrêa ocorreu no Pequeno Expediente da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), na manhã desta terça-feira (17).

 

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