Políticos no “corre” para as últimas horas da janela partidária. Veja alguns nomes

Bisneto e Rotta se desincompatibilizaram hoje dos cargos na Prefeitura de Manaus. Foto: Semcom

Uma verdadeira revoada de políticos em busca de novos partidos ou saindo de cargos visando as eleições movimenta o cenário no Amazonas nas próximas horas, até o fim da janela partidária.

Faltando seis meses exatamente para o pleito de outubro, o dia 7 de abril, este sábado, é o último dia para filiação partidária e registro de partidos segundo a legislação eleitoral. O sábado é o prazo final para desincompatibilização para os gestores no Poder Executivo.

Sem riscos

Para não correr riscos, muitos ocupantes de cargos públicos deixam até sexta-feira (6) os postos, ou até mesmo hoje, como foi o caso do secretário-chefe da Casa Civil na Prefeitura de Manaus, o tucano Arthur Bisneto, que volta para a Câmara Federal, onde busca sua reeleição. Carlos Souza foi seu suplente no período.

Também o vice-prefeito Marcos Rotta (PSDB) entregou o cargo de secretário municipal de Infraestrutura (Seminf), ficando apto à disputa. Para não ficar inelegível, ele está impedido de assumir o cargo de prefeito.

Além de Rotta e Bisneto, na esfera municipal ainda devem deixar as pastas os futuros candidatos Elias Emanuel (Semmasd); Afonso Lins (Ouvidoria); Socorro Sampaio (secretária da Mulher); e o fiel escudeiro tucano Mário Barros, coordenador do gabinete do prefeito.

Federal

Entre as últimas mudanças de siglas, ontem o deputado federal Átila Lins deixou as fileiras do PSD, de Omar Aziz, para ingressar no PP, de Rebecca Garcia, pré-candidata ao governo. Seu irmão, Belarmino Lins, também deve acompanhar sua mudança e ir para o Partido Progressista.

A janela de troca de partidos é tanto para acomodar melhor políticos quanto para melhorar tempo de rádio e TV na eleição. Uma sigla também define o tamanho do financiamento público das campanhas.

No movimento contrário dos irmãos Lins, está Conceição Sampaio, de saída do PP, que deve se filiar ao ninho tucano.

Ex-governador

Nome que tem costurado várias alianças e aparece como pré-candidato ao governo, David Almeida mudou de partido no último dia 23, saindo do PSD, de Omar, para o PSB, de Serafim Corrêa.

A mudança estava consolidada desde o ano passado, quando Omar interferiu no pleito e David não pôde concorrer ao mandado tampão. O PSD deu apoio total a Amazonino Mendes.

David Almeida tem reforçado a teoria de “romper com o ciclo de poder do atual grupo que governa o Estado”, e busca força no apoio do PP, PR, PT, PCdoB, Podemos, PSL, Pros, PV, DEM, Avante, Patriotas e PMN.

No âmbito estadual, a secretária de Juventude, Esporte e Lazer (Sejel), Janaína Chagas, deixa a pasta para concorrer a uma vaga na Assembleia Legislativa.

Em seu lugar deve assumir o presidente municipal do PPS e atual secretário adjunto, Manoel Almeida. Janaína deve apresentar hoje um balanço de sua gestão.

Casa nova

Eleito com o poder da polícia no Estado, o deputado estadual Platiny Soares está de casa nova, apesar de ter trocado recentemente o Democratas pelo PSL.

Mas como levou uma pernada do diretório nacional da sigla, que tem como presidenciável Jair Bolsonaro, Platiny busca refúgio no PSB.

O deputado fez campanha e jogou tapete para Bolsonaro no Amazonas, e se apresentava como presidente estadual do PSL, sem ser.

E no mês passado a sigla ganhou novo diretório, sob o comando do tenente-coronel Ubirajara Rosses, sem que Platiny fosse incluído. O PSL segue uma dinâmica nacional de ter nas presidências dos diretórios nomes militares.

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