O governador Amazonino Mendes manobra para formar um bloco único de lideranças políticas. Nesse “blocão” ele tenciona reunir Eduardo Braga, Omar Aziz, Arthur Virgílio e Rebecca Garcia, entre outros. Omar e Arthur se rebelam e o passo mais concreto foi dado pelo prefeito, ao desincompatibilizar o vice-prefeito Marcos Rotta. O aviso é claro: “Se tentarem me isolar, eu tenho um candidato para entrar na disputa”.
As pesquisas pré-eleitorais mostram que há necessidade de vários candidatos a governador para diminuir as chances de Amazonino. A máquina estadual – aquela que elege governadores desde 1986 – é muito forte. Os atores sabem que os erros da atual gestão ainda não são conhecidos no interior. Prefeitos, cooptados, serão decisivos e são alvos fáceis das promessas de asfalto e recursos para outras obras.
Amazonino tem lido, nas pesquisas e na experiência, que no 2º Turno se fragiliza. O 1º Turno revelará as entranhas da administração que capitaneia. O 2º Turno terá jogo zerado, com adversário dono de recente visibilidade e reunindo forças entre sociedade e derrotados.
Cenário ideal
O cenário ideal, para derrotar o governador, teria que contar com Omar, David Almeida, Rebecca e Rotta candidatos. Eles fatiariam o eleitorado e anulariam a força da máquina em prol de Amazonino. Quem saísse na frente no 1º Turno teria o apoio dos demais para enfrentar o governador.
O perigo dessa composição são as vaidades e a falta de cultura para colocar uma estratégia em prática. Todos saberão que o adversário, no primeiro momento, está entre prováveis aliados. E algum deles acabará disparando fogo amigo, diminuindo as chances de aliança.
Há entre esses nomes quem pode acabar sucumbindo aos apelos da máquina e se aliance com Amazonino. Isso enfraquece as chances da aliança de 2º Turno.
O cenário está aberto. O deadline, a linha de tempo final, está entre 20/07 e 05/08, período marcado no calendário eleitoral para convenções partidárias.
Que Deus tenha piedade do Amazonas.
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