Com a greve da Polícia Militar deflagrada desde às 19h desta quarta-feira (14) e com previsão de faltas coletivas durante 72 horas, o secretário de Segurança Pública do Estado (SSP-AM) e vice-governador Bosco Saraiva está em Brasília nesta quinta (15), participando de encontro com o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann.
A pauta nacional estava marcada antes da paralisação e servirá para o secretário levar o tema ao ministro. Jungmann reúne com todos os secretários do país para discutir o projeto de integração das polícias.
Ex-prefeito de Nova York
Bosco Saraiva disse que espera ter bons frutos após a reunião, especialmente após o governo ter apresentado o plano de segurança desenvolvido com a consultoria do ex-prefeito de Nova York, Rudolph Giuliani, que foi responsábel por reduzir os crimes na metrópole americana em mais de 60%.
“Trata-se de um plano de estado da segurança para os próximos 20 anos, abrangente, que prevê desde a reformulação de políticas para o sistema prisional até o patrulhamento de rua. Nele há reaparelhamento das policias, equipamentos e valorização dos nossos policiais”, disse o secretário.
Segurança
Bosco Saraiva vai aproveitar a reunião no ministério para tratar sobre a paralisação da PM, mas adiantou que o governo tem um plano de contingência e que não haverá descontinuidade no serviço policial. “O Comando da PM trabalha para manter a ordem e a segurança nas ruas. Tivemos uma noite relativamente tranquila, não houve greve de ônibus ou qualquer outra grande perturbação”.
O vice-governador lembrou ainda que o governador Amazonino Mendes já havia anunciado o pagamento da data-base da PM até o dia 4 de abril, além da concessão de benefícios. “O governo mantém o diálogo aberto para ampliar os benefícios e avanços aos policiais militares”.
Brasília
O encontro em Brasília acontece com os secretários estaduais, responsáveis pela administração da maior parte dos recursos do setor. Segundo o ministro, em 2016 foram gastos R$ 81 bilhões com segurança pública, sendo R$ 70 bilhões por parte dos governos estaduais, R$ 9 bilhões pela União e o restante pelos municípios.
Com a crise nos estados, o investimento em segurança diminuiu. Mas a União, que criou um ministério para o setor, não dispõe de fonte de recursos e nem tem atribuição constitucional para a segurança pública.
Integração
Jungmann vai propor aos secretários formas de melhorar a integração entre as polícias estaduais e a Polícia Federal, principalmente dos setores de inteligência. Ele vai informar que está estudando formas de destravar a construção de presídios no país e lembrar que verbas repassadas pela União aos estados para este fim ainda não foram utilizadas.
Também não foram usadas verbas repassadas para a compra de tornozeleiras eletrônicas. Hoje, leva-se em média cinco anos para construir um presídio. O ministro quer eliminar os entraves legais e burocráticos para aumentar a velocidade das obras.
Seria bom ele falar para o sr ministro que isso so está acontecendo devido eles não estarem cumprindo a lei 4044.
Tudo isso é culpa deles mesmos.
As leis são para ser compridas respeite a lei 4044, cumpra se.