SSP e associações de PMs divergem quanto à paralisação no 2° turno de segurança de hoje

As forças da Segurança Pública do Estado (SSP-AM) e as associações representativas de policiais militares divergem quanto à paralisação no segundo turno de entrada de PMs nesta noite de quarta-feira (14).

De um lado, a SSP registrou que as faltas na corporação estão dentro da normalidade, não configurando qualquer paralisação de praças, cabos e soldados.

Cicom

Para as associações, várias Companhias Interativas Comunitárias (Cicom) e forças especiais estão cumprindo a falta coletiva, confirmando a paralisação da categoria.

Os representantes justificam que o Governo do Estado está descumprindo a lei 4044 (lei de carreira), que prevê critérios para a concessão das promoções na PM. Foi anunciado que o serviço desta noite não seria montado, sendo remontado apenas na sexta-feira, cumprindo a chamada falta coletiva de 72 horas.

“Fake news”

Várias “fakes news” circulam nas redes sociais desde a tarde, incluindo uma possível ordem do governador Amazonino Mendes de que os PMs do primeiro turno continuariam em serviço estendido por mais 12 horas, para cobrir eventuais faltas de policiais do turno seguinte.

O governo não emitiu nota oficialmente. O secretário e vice-governador Bosco Saraiva disse que o clima é de absoluta normalidade nos serviços das policias Civil e Militar. “Existem notícias fakes que estão sendo disseminadas para causar terror e instabilidade, para apavorar a cidade. Mas estamos firmes para cuidar da segurança e da defesa da população”.

O vice-governador deve percorrer algumas companhias durante esta noite e não há um plano de contingência divulgado pela SSP para o caso da greve continuar.

Notícias

Bosco Saraiva afirmou que as tentativas de movimento de paralisação foram mais noticiadas do que mesmo colocadas em prática e que não há mais nenhuma promoção encalhada, sendo que foram realizadas 3.287 promoções de policiais.

Quanto ao pleito da lei, o secretário disse que se trata de uma questão técnica, e que não é parando a polícia que se vai chegar a uma solução.

Associação

A falta coletiva foi confirmada pela Associação dos Praças do Estado do Amazonas (Apeam). A previsão da categoria é que a paralisação ocorra em Manaus e em mais oito grandes cidades do Estado, envolvendo mais de 5 mil policiais em serviço.

Os PMs questionam o não cumprimento da lei estadual 4.044/2014, que define os critérios de promoções, além do pagamento de salários atrasados, data-base, pagamento dos quinquênios e de diárias atrasadas, fardamento e coletes balísticos.

O presidente da Apeam, Gerson Feitosa, explicou que as assessorias jurídicas estão de plantão para atender qualquer situação irregular durante a falta coletiva.

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