MP denuncia “Loirinha dos Piratas” por cinco crimes em Coari. Ela cuidava das finanças da organização

Daniane Bruço, a “Loirinha dos Piratas”, foi denunciada por porte de arma de uso permitido e restrito, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Foto: Divulgação

O Ministério Público do Estado do Amazonas (MP-AM), pela 1ª Promotoria de Justiça de Coari (1ª PJC), denunciou Daiane Bruço Cordovil, conhecida como “Loirinha dos Piratas”, por porte de arma e munição de uso permitido e restrito, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa.

A denúncia foi ajuizada nesta terça-feira (6). Daiane é companheira de Ilcemar Coelho Ribeiro Filho, líder de uma das mais fortes quadrilhas de “piratas dos rios”, e também destacada liderança no grupo, tanto que é conhecida como “Loirinha dos Piratas”. Ela foi presa no dia 24 de fevereiro de 2018, em consequência de representação feita pelo MP-AM.

Finanças

“Ela exercia a função de operadora financeira do grupo, controlava os devedores e cobrava as dívidas. Com ela foi apreendido um caderno de contabilidade. A prisão dela gera um prejuízo para as transações econômicas do grupo”, disse o promotor de Justiça Weslei Machado, titular da 1ª PJC.

Daiane havia já sido presa em abri de 2017, em uma casa na comunidade do Andirá, em uma residência que funcionava como base para a quadrilha de piratas dos rios chefiada pelo companheiro dela, Ilcemar Coelho Ribeiro Filho, conhecido como “Cimazinho”, foragido da Justiça que é réu em diversos processos judiciais por prática de crimes de tráfico de drogas, porte de armas de uso restrito, lavagem de dinheiro e roubo de cargas.

Fuzil

Na ação foram apreendidas várias armas e munições, entre elas um fuzil calibre 7,62 mm, tipo ParaFal, três escopetas, um rifle e uma luneta para tiro de precisão.

Também foram encontrados um aparelho telefônico móvel de longo alcance e uma capa de colete balístico com o brasão da Polícia Militar do Estado do Amazonas, tipicamente utilizado pelos piratas para facilitar abordagens às vítimas.

Suborno

Depois de presa pela Polícia Militar, Daiane teria oferecido R$ 20 mil para que os policiais a deixassem fugir. Segundo depoimentos dos policiais, a quantia seria prontamente entregue assim que chegassem à sede do município de Coari.

Apesar de ter sido presa em flagrante, Daiane foi ouvida apenas como testemunha e liberada. Na época, o MP-AM, por falta de outros elementos probatórios, não a denunciou.

Em novembro de 2017, em uma diligência realizada em uma casa na sede de Coari para tentar prender Cimazinho, foi encontrado um cofre com grande quantidade de dinheiro em espécie, uma caderneta contendo várias anotações da contabilidade da organização criminosa e de diversos empréstimos realizados.

No cofre também foi encontrada prova consistente da participação da Loirinha na organização, um documento de identidade de Daiane Bruço Cordovil.

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