Matheus dos Santos Barbosa, 25; Paulo Sergio Bastos de Souza, 28, e Tayna dos Santos Lira, 22, foram presos em cumprimento a mandado de prisão preventiva acusados de dois latrocínios (roubo seguido de morte), em crimes que chocaram pela frieza das confissões.
Os três foram apresentados nesta segunda-feira (15), pelos delegados Guilherme Torres e Catarina Torres, diretor e titular, respectivamente, do Departamento de Repressão ao Crime Organizado (DRCO) e Delegacia Especializada de Ordem Política e Social (Deops).
Um dos crimes foi da morte do táxi-frete Alexandre Luiz Aragão, 42, ocorrido na última segunda-feira (8), em um sítio abandonado, situado no Ramal do Pau Rosa, zona Rural da capital. Após a prisão, os infratores confessaram um outro crime com as mesmas características, de Emiliano Souza, 37, ocorrido no dia 10 de janeiro deste ano.
Crueldade e frieza
Para Guilherme Torres, a morte do táxi-frete foi um dos crimes mais cruéis que investigou recentemente, especialmente pela frieza demonstrada pelos autores. “Tudo nos deixou muito tristes. Eles planejaram cometer o crime, mas a vítima inicial era Emiliano, desafeto do trio”, explicou o diretor.
Conforme Torres, a Tayna foi a grande mentora das mortes. “Foi dela a ideia de aguardar na barreira e pedir um frete. Alexandre foi vítima do acaso, do destino, porque os infratores precisavam de um carro. Não recusava trabalho e aceitou ir buscar mesas no ramal, onde os criminosos estavam aguardando a vítima”.
Matadouro
Ao chegar no local, o homem é rendido por Matheus e pede por sua vida, oferecendo o dinheiro que tinha. Ele é conduzido ao sítio abandonado e recebe como resposta que “estava num matadouro e iria morrer”. Ele é amarrado e esfaqueado, sendo deixado no local.
“A vítima consegue se soltar, e com esforço se arrasta pela casa, mas acaba morrendo. Isso nos revolta porque é um cidadão que não teve a possibilidade de se defender. O bandido estava armado.
Dois dias depois, o trio pegou o táxi-frete e o esconde no ramal, seguindo para a casa de Emiliano. Ele estava bebendo, sozinho. “A segunda vítima desce e começa o assalto. Eles levaram três botijas de gás e uma espingarda. O deixam amarrado e Paulo volta à casa, desferindo terçadadas no pescoço”.
Desaparecido
As investigações foram iniciadas com o registro de desaparecimento feito pela família de Alexandre, em apoio do Deops. O corpo do taxista foi encontrado no sábado, assim como a arma, extintores e materiais de roubo. “Todos confessaram, com frieza”.
Segundo Guilherme Torres, as investigações vão continuar em razão da perícia ter encontrado vestígios de sangue mais antigo no sítio, o que indicaria que o local poderia ter sido cenário de outros crimes antes.
“Nos estarrece a frieza com a qual contaram os detalhes e o motivo fútil. Emiliano morreu por três botijas e Alexandre pelo carro e uns trocados”, falou o delegado. O trio será encaminhado ao sistema prisional.
Táxi-frete
O corpo do fretista Alexandre Luiz foi localizado no sábado (13), no KM 23 do ramal do Pau Rosa nas proximidades da BR-174 (Manaus-Boa Vista).
Alexandre estava desaparecido desde a segunda-feira (8). Segundo informações de familiares, a última mês que foi visto foi nas proximidades do shopping Via Norte, na zona Norte.
As buscas foram coordenadas pelas equipe do Departamento de Repressão ao Crime Organizado (DRCO), e teve apoio do canil da Polícia Militar 20° Companhia Interativa Comunitária (Cicom).
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