Pedida a prisão do detento que matou o último a ver Andressa, desaparecida após visita no Compaj. Veja fotos e vídeos

Diretor do DRCO, delegado Guilherme Torres, confirma pedido de prisão preventiva para envolvido na execução de presidiário que foi o último a ser visto com a desaparecida Andressa Castilho, no Compaj. Fotos: Divulgação

A polícia tem um suspeito com mandado de prisão preventiva decretada envolvido na execução e sumiço do corpo do detento Daniel Ferreira Chaves, 45, que estava preso por roubo e cumpria pena no regime semiaberto do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), no KM 8 da BR-174 (Manaus-Boa Vista).

O crime ocorreu em novembro do ano passado. A decretação da prisão foi informada pelo diretor do Departamento de Repressão ao Crime Organizado (DRCO), delegado Guilherme Torres, que está à frente das investigações.

Daniel é o principal suspeito do desaparecimento de Andressa Castilho, 23, que está sumida desde 28 de novembro de 2017, após ter feito uma última visita ao marido identificado como Júlio César, que cumpre pena no fechado do Compaj, também por roubo.

Principal suspeito

O detento executado foi, conforme investigações da polícia, a última pessoa a ser vista conversando com Andressa. Daniel, conforme diligências e revista feita no Compaj, foi morto dentro do semiaberto, por outros detentos, tendo o corpo esquartejado com o uso de uma machadinha.

O seu corpo ainda não foi encontrado. A polícia tem áudios de presos e imagens do esquartejamento, assim como provas materiais, como sangue encontrado em uma área conhecida como chapéu de palha. “Temos áudios do preso sendo torturado e fotos de um corpo que já foi reconhecido pelos familiares”, explica Torres.

Revista

O delegado conta que foi feita uma revista no semiaberto, minuciosa, com equipe da Perícia Técnica, onde foram encontrados vestígios de sangue nos locais identificados pelas imagens onde o corpo de Daniel teria ficado, assim como num tijolo que está nas fotos. “O chão do local onde Daniel aparece com os pés e mãos amarradas, e amordaçado, foi identificado como do semiaberto”.

Para Guilherme Torres, as investigações apontam que pelo menos três internos do semiaberto tem participação na execução de Daniel. A motivação não pode ser confirmada para não atrapalhar o caso. O DRCO aguarda o resultado da perícia.

As incursões em áreas de trilha nas proximidades do Compaj continua, conforme adianta o diretor, especialmente para localizar o corpo do detento e mais vestígios que levem até Andressa.

Andressa Castilho sumiu após visitar o companheiro no regime fechado do Compaj. Ela tem três filhos

Andressa Castilho

Apesar do tempo de desaparecimento, a polícia ainda trata o caso de Andressa Castilho como de desaparecimento. Ainda não há resultado da perícia feita no tufo de cabelo e sangue encontrado perto de uma bolsa feminina na área de mata nos arredores do Compaj.

“Nas incursões feitas com apoio da Polícia Militar, Canil, Coro de Bombeiros, encontramos uma bolsa, um pedaço de pano com sangue e um tufo de cabelo. O material foi enviado à perícia para identificar se o sangue o cabelo seriam de Andressa. Familiares dela fizeram coleta de amostra genética para saber se o DNA é compatível”, falou Torres.

Entrada e saída

Andressa deu entrada no Compaj como visitante às 8h07 e saiu do local às 9h58, após entregar o rancho para o companheiro. Imagens do circuito interno do complexo mostra ela e Daniel conversando na área do semiaberto. Depois disso ela nunca mais foi vista. Daniel desapareceu no mesmo dia.

 

“Há possibilidade da Andressa estar viva. Só o resultado da perícia técnica vai poder confirmar se ela pode estar morta”, falou o diretor do DRCO.

Compensa

Andressa mora na rua São Vicente de Paula, na Compensa, zona Oeste. Todo o mês, segundo parentes, ela visitava o companheiro no Compaj. A Delegacia Especializada de Ordem Política e Social (Deops) também atua no caso.

A desaparecida tem três filhos, um de 7 anos, e outros dois menores, de 3 anos e um de apenas 1 ano.

Quem puder colaborar com informações que levem ao paradeiro de Andressa Castilho pode entrar em contato com a polícia pelos telefones (92) 3214-2268/Deops ou falar diretamente com os familiares da moça pelo telefone (92) 99104-0245.

Áreas do semiaberto passaram por revista. Fotos e áudios mostram que Daniel foi morto dentro do semiaberto, por outros detentos

Imagem obtida de celular que mostra Daniel, já reconhecido pela família, antes da execução

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