Cooperativas de castanha garantem financiamento para famílias coletoras no interior do Amazonas

Diretoria da Coomaru na sede da Afeam. Foto: Divulgação

A Cooperativa Mista Agroextrativista do Rio Unini (Coomaru) e a Associação dos Agropecuários de Beruri (Assoab) assinaram, nesta terça-feira (9/1), contrato de financiamento com a Agência de Fomento do Estado do Amazonas (Afeam). O recurso, no valor de R$ 500 mil para cada entidade, garante as atividades neste ano e beneficia centenas de famílias nos municípios de Barcelos e Beruri, como parte do projeto da Afeam de revitalização da cadeia da castanha no Estado.

O projeto foi lançado no final do mês de agosto do ano passado, após amplo debate com cooperativas e órgãos parceiros, como o Sebrae e do Sistema que compõe a Secretaria de Produção Rural (Sepror), garantindo a compra da produção de castanha das cooperativas, com destino às exportações.

Outras cooperativas devem assinar contrato com a Afeam nos próximos dias e ter o recurso liberado, para que o período da safra da amêndoa amazônica seja aproveitado ao máximo.

“De imediato, assinamos contrato com 60 famílias coletoras de castanha, mas esse projeto, financiado pela Afeam, tem potencial para atender muito mais famílias em nossa região”, destacou o presidente da Coomaru, João Evangelista. Segundo ele, a coleta nesse ano começou mais cedo e o recurso sai em boa hora.

A presidente da Assoab, Sandra Soares Amud Neves, informa que 12 comunidades fornecerão castanha para a associação. Cerca de 200 famílias serão abrangidas, de acordo com Sandra, dentro do projeto do Governo do Amazonas que valoriza o homem do interior.

Para agilizar todo o processo, de elaboração de projeto e documentação das cooperativas, a Agência de Fomento constituiu grupo de trabalho justamente para que o recurso saísse no tempo certo, ou seja, no início da safra da castanha, explica o presidente da Afeam, Alex Del Giglio. “Esse é um projeto que fecha toda a cadeia, das famílias coletoras à exportação do produto, gerando emprego, renda e impostos no nosso Estado”.

Resgate

O presidente da Afeam faz referência à mudança que o projeto de revitalização da cadeia da castanha proporciona no Estado. Ele explica que, apesar do Amazonas ser um dos maiores produtores de castanha, boa parte do produto é comprado por empresas do Peru e Bolívia, processada e exportada pelos dois países vizinhos.

Inicialmente, o projeto prevê a exportação de 300 toneladas da castanha, mas já no terceiro ano, a meta é chegar a 1 mil toneladas, tendo os Estados Unidos como o destino principal. A empresa Magi, além de garantir a compra das cooperativas, também vai investir na melhoria da infraestrutura das mesmas. Além disso, as cooperativas também são livres para negociar com outras empresas.

 

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