“Só nos resta decidir o que fazer com o tempo que nos resta”, Gandalf, em ‘O senhor dos anéis’

Só nos resta decidir o que fazer

‘Só nos resta decidir o que fazer com o tempo que nos resta” é a frase com que Gandalf coloca diante dos homens a decisão de morrer ou lutar contra o mal

Chegou o Ano Novo. Feliz 2018. A frase-título é do mago Gandalf, personagem de J.R.R. Tolkien (John Ronald Reuel Tolkien). É o autor da trilogia “O senhor dos anéis”. “Só nos resta decidir o que fazer com o tempo que nos resta” é uma frase decisiva na trama. E em nada diferente do que temos pela frente, agora, individual e coletivamente.

Gandalf estava desolado. Lutou o tempo inteiro para tentar evitar o avanço de Sauron, personificação do mal. Este havia formado um exército aparentemente invencível e estava às portas. A derrota parecia questão de tempo. Novas forças se juntaram, o bem se agigantou e o herói improvável Frodo cumpriu a missão de destruir o anel. O bem venceu o mal.

O brasileiro costuma dizer, ainda embriagado por Natal e Réveillon, que o ano só começa para valer após o Carnaval. Não é verdade. Primeiro que indivíduos e empresas precisam produzir, até junho, para satisfazer à voracidade do grande sócio, o Governo Federal. Explicação: os impostos pagos o ano inteiro representam o total ganho nos primeiros seis meses pelos brasileiros.

 

Só nos resta decidir o que fazer

O “maluco” Donald Trump, empresário, capitalista até a medula, acaba de reduzir os impostos dos Estados Unidos. O máximo a ser pago pelas empresas cai de 35% para 21%. Para pessoas físicas a redução é de 2,6%.

‘Job, job, job”, emprego, emprego, emprego, repetiu Trump, ao explicar a reforma. Empresas, pagando menos impostos, vão contratar mais e fazer o país voltar a crescer.

O Brasil tem a chance de mexer nas entranhas, este ano. O brasileiro vai às urnas para eleger presidente, governador, dois senadores e, no caso do Amazonas, oito deputados federais e 24 estaduais.

Exemplo do que é possível?

O Brasil se indigna com a lei que permite a senadores e deputados se safarem de punição. Basta que os pares digam “não” ao STF. O processo para e só será retomado quando acabar o mandato. Os distintos senadores processados se candidatam, então, à reeleição. Em última análise, a decisão não é dos senadores. É do cidadão, que, com o voto, pode mandar o sujeito às barras dos tribunais.

O Brasil está, como Gandalf, diante da hora da escolha do que fazer com o tempo que lhe resta. Se cruzar os braços, episódios como o roubo da saúde no Amazonas vão continuar. Milhares continuarão morrendo nas filas ou até sem saber do que morrem.

O tempo é de suor. Talvez de lágrimas. Só não pode ser de ócio. É tempo de mudar. Feliz Ano Novo.

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