Evandro Melo, Afonso Lobo, Wilson Alecrim e Pedro Elias, presos na Operação Custo Político, viveram seus próprios dramas no cárcere. José Melo, ex-governador, ficou numa sala à parte e avisou logo aos carcereiros que não queria ver ninguém. Todos estão soltos e passam o fim de ano em casa. O panavueiro do cárcere, porém, foi grande. Merece uma segunda edição da coluna.
A reunião que a Justiça queria evitar
Uma das alegações da Polícia Federal e do Ministério Público Federal, para requerer as prisões dos ex-secretários, era evitar que se reunissem. Curioso é que, presos, eles simplesmente foram colocados na mesma sala pela Secretaria de Estado da Administração Penitenciária (Seap). Processo, alegações, intenção do legislador com o estabelecimento das penas e sentença do juiz foram para o beleleu.
Dominó
Os ex-secretários não só ficaram juntos como aproveitaram o tempo ocioso para jogar dominó. Tiveram a oportunidade de conversar mais do que conversaram ao longo das gestões que compartilharam.
Panavueiro do cárcere 2: ‘bomba’
O muro do regime semiaberto é colado ao Centro de Detenção Provisória Masculino 2, onde os ex-secretários ficaram. É alto. Os presos de lá, no entanto, diante da ameaça de rebeliões e massacres, resolveram aterrorizar os novos presidiários. Houve alarme por cima de alarme, o que é mais ou menos comum no presídio. Num deles, uma garrafa pet cheia de líquido foi atirada e mobilizou toda a segurança. Pensavam tratar-se de um coquetel Molotov – bomba caseira – e que fosse o primeiro de uma série. Não era nada disso. O líquido era apenas água mesmo.
Panavueiro do cárcere 2: ‘bomba’ (2)
O risco de rebelião foi uma das alegações dos advogados para pedir a revogação das prisões. O MPF, talvez entendendo que houvesse alguma manobra por trás disso, resolveu pedir transferência deles para presídio federal. O juiz federal Ricardo Augusto de Sales entendeu que, se o problema era do sistema, então que fossem para casa. E soltou todos.
Sangue
Wilson Alecrim, conforme seus advogados alegaram em juízo, tem neoplasia maligna e síndrome metabólica. Médico, aos 70 anos, ele sabia que estava sob risco. Manteve intocados os lençóis ensanguentados. Os médicos que o visitavam e o examinaram disseram que andou perto de uma septicemia.
Sangue (2)
A doença de Alecrim foi um dos motivos que, na sentença, Ricardo Sales alegou para liberá-lo. Ele reclama que, apesar de os advogados terem apresentado exames médicos recentes dia 24/12, o MPF não respondeu. E decidiu apor a sentença de prisão domiciliar sem ouvir os procuradores.
Evandro
Evandro Melo alegou que a esposa, com Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), só dispunha dele para os cuidados requeridos. A filha do casal mora fora de Manaus.
Reféns das facções criminosas
A Seap alegou, em documento à Justiça, que “em crise do sistema, custodiados serão dos principais alvos das facções criminosas”. Parece claro, diante do exposto, que a cadeia está realmente dominada.
Ainda não terminou
Atenção. José Melo e os ex-secretários estaduais foram soltos por juízes plantonistas. Em janeiro, o processo inteiro volta para Ana Paula Serizawa. Foi ela quem mandou prendê-los. E detém o chamado “juízo natural” do processo.
olha, Marcos Santos. O País, como diz sempre o conceituado jornalista Bóris Casoy, precisa definitivamente ser passado à LIMPO. É inadimissível, em pleno século XXI, que ainda possamos conviver numa sociedade, onde pessoas que teoricamente seriam consideradas de BEM, possam exterminar vidas de serem humanos, quando na realidade, seriam para proteger e cuidar da saude, daqueles que os colocaram no Poder. Lamentável mais ainda, são as atitudes e acões do Judiciário Amazonense, ( juizes Plantonistas), que sequer analisam de forma Imparcial esses delitos cometidos por essa quadrilha, e com uma simples canetada, os colocam de volta aos seus confortáveis Lares. Impressionante, Lamentavel,Reprovável, Indignável, Repudiável. Grato