Melo e ex-secretários estão liberados para visitas sábado e domingo. Ex-governador teve 2 horas de banho de sol

O ex-governador José Melo (Pros) e os ex-secretários estaduais presos podem receber visitas este fim de semana. Afonso Lobo, Pedro Elias, Wilson Alecrim, Evandro Melo e Raul Zaidan estão liberados sábado (23/12), antevéspera do Natal e domingo. Nos dias 25 e 1º, no entanto, visitas estarão suspensas. A informação é da Secretaria de Estado da Administração Penitenciária (SEAP).

O grupo está preso no Centro de Detenção Provisória II e todos estão no mesmo pavilhão. O CDPII, conforme informou a assessoria da Seap, é administrado pela própria Secretaria. Melo está no banho de sol de 14h, nesta sexta (22/12). Tomou café e almoçou normalmente. A assessoria não soube informar os itens das refeições.

Estado de Emergência

Melo foi preso ontem, durante a operação “Estado de Emergência”, que investiga pagamento de propina ao ex-governador. Ele seria beneficiado pela organização criminosa instalada no Instituto Novos Caminhos. O esquema teria desviado mais de R$ 130 milhões de verbas oriundas da Saúde do Amazonas.

Lobo, Alecrim, Pedro, Raul e Evandro foram presos na semana passada, durante a operação ‘Custo Político’. As ações representam a continuidade da operação ‘Maus Caminhos’, deflagrada em setembro de 2016. Os ex-secretários são acusados de receber propina. Tudo para facilitar e agilizar pagamentos às empresas ligadas ao empresário e médico Mouhamed Moustafa, também preso.

O valor da propina chegava a R$ 300 mil, conforme apurou a Polícia Federal. Empresas da mulher de Melo, a ex-primeira-dama Edilene, teriam sido beneficiadas com a propina. A Controladoria Geral da União (CGU) confirmou movimentação financeira incompatível com rendas de Melo, Edilene e suas empresas.

Liberados para visitas

A liberação para visitas, sábado e domingo, antevéspera e véspera de Natal, estava prevista para todo o sistema carcerário do Amazonas. Da mesma forma a proibição para visitas dias 25/12 e 1º/01. É que as autoridades temem, embora neguem, que uma rebelião de presos transforme em reféns os políticos encarcerados.