“Estado de Emergência” confirma pagamento de propina a José Melo dentro da organização criminosa da Maus Caminhos

José Melo teve a prisão temporária decretada durante investigações e desdobramentos da Maus Caminhos, sendo detido em casa. Foto: Arquivo

A Superintendência Regional da Polícia Federal no Amazonas, como o apoio da Controladoria Geral da União (CGU), deflagrou nesta quinta-feira (21), a terceira fase da Operação Maus Caminhos, denominada Operação Estado de Emergência, que tem como objetivo investigar os crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de capitais e de organização criminosa, envolvendo o ex-governador do Estado.

Nesta fase foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão temporária, em Manaus e em Rio Preto da Eva. O ex-governador do Amazonas, José Melo, foi detido em sua residência. Na sede da PF haverá uma coletiva de imprensa às 12h30.

Pagamento de propina

A investigação abrange os crimes praticados pelos membros da organização criminosa alvo da primeira fase que corromperam diversos agentes públicos do Estado do Amazonas, por meio do pagamento de propina, utilizando-se de recursos públicos desviados do Fundo Estadual de Saúde, para o fim de obter o direcionamento de contratos, acelerar a liberação de pagamentos e acobertar os ilícitos praticados.

O nome Estado de Emergência é uma referência à situação de calamidade pública que se encontrava a prestação de serviços públicos de saúde no Estado, sendo decretado pelo então governador, em 31 de agosto de 2016, o estado de emergência econômica na saúde estadual, mês anterior à deflagração da primeira fase da Operação Maus Caminhos.

Ex-secretários presos

Na ocasião criou também o Gabinete de Crise, composto pelas secretarias Estaduais de Saúde, da Casa Civil, da Fazenda e de Administração e Gestão, cujos secretários foram presos na Operação Custo Político, deflagrada na semana passada, que teve como alvo ex-secretários estaduais e empresários.

Os fatos relacionados ao envolvimento do ex-governador do Estado somente apareceram após o avanço da investigação e dão conta de que o chefe maior do executivo estadual recebia pagamentos periódicos dos membros da organização criminosa.

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