Governo reduz calote da Central de Medicamentos e remédios começam a chegar nas unidades de saúde. Dívida era de R$ 17 milhões

A Central de Medicamentos do Amazonas (Cema), que abastece as unidades de saúde da rede pública, deu início ao processo de compra dos itens necessários para recompor os estoques, recebidos pela atual administração da Secretaria de Estado de Saúde (Susam), com apenas 30% da necessidade.
O estoque da Cema foi recebido com déficit de 1.100 itens, dos 1.592 que compõem a lista de medicamentos e insumos que são fornecidos às 120 unidades de saúde do estado, na capital e interior. Destes 1.100 itens, 535 possuem ata de registro de preço e já estão sendo adquiridos.

De acordo com o secretário estadual de Saúde, Francisco Deodato, por determinação do governador Amazonino Mendes, a Comissão Geral de Licitação (CGL) está dando prioridade aos processos licitatórios da Cema, de forma a regularizar o abastecimento de medicamentos, o mais rápido possível.

Regime de urgência – Os outros 525 itens que não possuem ata de registro de preços, segundo ele, serão adquiridos em regime de urgência, por meio de processo de dispensa de licitação, em quantidade suficiente para o período de dois meses, para que a população não fique sem medicamentos. O coordenador da Cema, Olavo Tapajós, explica que esse período de dois meses é suficiente para a CGL concluir os procedimentos legais, para retomar a compra dos 525 itens por meio de licitação. O trabalho, disse ele, já está em andamento.

“Temos vários pregões, alguns abertos e outros programados, no intuito de cobrir esses itens que estavam fora das atas”, disse o coordenador. A aquisição destes itens deve ser concluída até janeiro de 2018.

Dívida de R$ 17 milhões – Olavo ressalta que a nova administração, ao assumir, em outubro, recebeu a Cema com uma dívida de R$ 17 milhões, herdada de gestões passadas e com os fornecedores recusando-se a entregar novos produtos, por causa dos pagamentos em atraso. Em apenas dois meses da nova gestão, a Susam já pagou R$ 13 milhões dessa dívida, reconquistando a confiança dos fornecedores.

“Esperamos encerrar o ano de 2017 com uma situação completamente diferente da que recebemos, dando tranquilidade para a população”, afirmou.

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