O abate de tucunaré, proibido por lei municipal, levou ao fechamento de duas pousadas no Município de Autazes. Ambas estão localizadas no rio Mutuca e se recusaram a cumprir a Lei de Proteção do Tucunaré (178/2017). A lei tornou proibido o abate do peixe, em qualquer período, e o transformou em símbolo do Município.
A ordem de fechamento, do juiz da Comarca, Cid da Veiga Soares Filho, foi cumprida no dia 5 de dezembro. As pousadas, conhecidas como “Do Miro” e “Do Alfredo e do Japonês”, estavam localizadas no rio Mutuca.
Havia, além do abate contínuo de tucunarés, irregularidade de documentação dos empreendimentos. O rio Mutuca é dos mais organizados para a preservação da espécie, com guaritas em todos os locais de acesso.
As pousadas também não estavam cumprindo o período de desova do tucunaré, que começou, pela lei, no dia 15 de novembro. Pesca esportiva, a partir daí, só com autorização da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Autazes.
A Lei 178/2017, sancionada pelo prefeito Andreson Cavalcante (PROS) dia 24 de abril de 2017, é a base para vários Municípios. Barcelos, no Alto Rio Negro, já a adotou e Careiro Castanho está em vias de sanção do instrumento legal.
Tucunaré vivo
O tucunaré é a base da pesca esportiva e gera extensa cadeia econômica, oferecendo emprego e renda via pesca esportiva. Estudos mostraram que uso de arrastões na seca (agosto-novembro) e na desova estavam dizimando a espécie. Pescadores e autoridades se uniram para preservá-la, com a prática do “pesque, fotografe e solte”.
Há muitos grupos de pesca, nas redes sociais, trabalhando com o tucunaré.
A cadeia econômica do tucunaré começa com as lojas de vendas de varas, carretilhas, molinetes, roupas e iscas para a pesca. Depois segue pelos canoeiros, pousadas, pontões de combustíveis, estaleiros etc. Tudo baseado no peixe, que estava sumindo nos rios de Autazes, especialmente Mutuca e Juma, os mais procurados.
muito bom parabens pelo artigo nota 10 super recomendo