Prefeito e vereadores são presos em esquema de desvio de mais de R$ 62 milhões. Veja vídeos

Prefeito de Tapauá, Zezito, foi preso em operação acusado de corrupção, peculato e improbidade administrativa. Foto: Reprodução

O prefeito de Tapauá, José Bezerra Guedes, o Zezito, e vereadores do Município (distante 450 quilômetros de Manaus) foram presos nesta terça-feira (28), acusados de montar uma organização criminosa responsável por desviar mais de R$ 62 milhões de verbas públicas.

As prisões foram realizadas durante a Operação Tarauaca, com participação da Polícia Civil, Delegacia Especializada no Combate ao Crime Organizado (DRCO), Ministério Público do Amazonas (MP-AM), Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU), e Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

Saúde e educação

Os recursos desviados pelo grupo seriam destinados para as áreas de educação e saúde. O dinheiro era usado para pagamentos de propinas a políticos, o pagamento de “mensalinho” e fraudes em licitações.

O prefeito Zezito foi detido em Manaus, numa casa de luxo num condomínio no Parque das Laranjeiras. Até o meio-dia, seis prisões foram realizadas em Tapauá. Dos 11 vereadores da Câmara Municipal, 10 são suspeitos de envolvimento no esquema.

Fraudes

Além de 10 mandados de prisão preventiva e 9 de condução coercitiva, estão sendo cumpridos no âmbito da Operação Tapauara 29 mandados de busca e apreensão de provas em endereços ligados aos suspeitos, como a prefeitura e a Câmara Municipal.

Segundo o Ministério Público estadual, a investigação do Gaeco identificou indícios dos crimes de peculato, corrupção, lavagem de dinheiro e abuso de autoridade.

Para o procurador-geral, Fábio Monteiro, em Tapauá a exceção no Município era o cumprimento da lei. Foto: Divulgação MP-AM

Novas técnicas

“Com a parceria da DRCO e da CGU, identificamos tanto as fraudes nas licitações, direcionadas para uma empresa; os serviços não eram executados ou não executados conforme a contratação, e os pagamentos eram feitos integralmente; assim como o pagamento a quase todos os vereadores da Câmara”, disse o procurador-geral de justiça Fábio Monteiro, chefe do Ministério Público.

Nas investigações, segundo Monteiro, foram usadas técnicas de monitoramento e ação controlada, do mesmo jeito que atuam na Lava Jato, em Curitiba, durante os pagamentos de propinas.

“Eles dificultavam ao máximo. Não trabalhavam de forma tranquila, mudavam de veículos e destinos. Tem muito tempo de filmagem e conseguimos identificar como era feito o “mensalinho”. Essa é a primeira de muitas fases que virão. Em dezembro teremos muita ação. Em Tapauá, o padrão era desviar recursos”.

As investigações apontam que processos licitatórios eram fraudados por empresários que, com o conhecimento do prefeito e vereadores de Tapauá, combinavam entre si as propostas que eram apresentadas nas licitações, determinando previamente os vencedores.

Segundo a CGU, o esquema desviou pelo menos R$ 62 milhões dos cofres públicos, mas a exata dimensão dos prejuízos ainda vai ser analisada a partir dos documentos apreendidos hoje.

MP montou “árvore” de como funcionava o esquema de pagamento de propina e corrupção

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1 comentário

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  1. Dejanio alves vadick disse:

    Tem que prender o de atalaia do norte .la tem cinco ubs inacabadas ,uma quadra que mal começaram fora os desvio da saude e educaçao .sendo que o prefeito teve suas contas reprovadas pelos vereadores em 2013 e uma tomada de conta em 2014 e o prefeito desfilando aqui no shopping de manaus cade as autoridade que nao v isso tambem