Morte de advogado por tiros de delegado repercute e quase dá briga na Câmara Municipal

Morte de advogado foi o princípio da discussão entre os dois

Chico Preto e Sassá da Construção quase brigam

Os vereadores Sassá da Construção Civil (PT) e Chico Preto (PMN) quase saem no braço, hoje (27/11), na Câmara Municipal. Tudo começou quando Sassá defendeu o desarmamento de policiais que frequentam casas noturnas. Chico Preto pediu aparte e se mostrou contra. Os dois bateram boca e quando Sassá desceu da tribuna foi tomar satisfações com Chico. Este, lutador de jiu-jítsu, chamou o colega para “acertar lá fora”. Só a intervenção dos colegas impediu as vias de fato.

A discussão foi mais um desdobramento do assassinato do advogado Wilson Justo Filho pelo delegado Gustavo Castro Sotero. Sexta-feira, no Porão do Alemão, os dois discutiram, o advogado socou o delegado e este desferiu três tiros, até matá-lo. A Ordem dos Advogados do Brasil no Amazonas (OAB-AM) pediu o desarmamento de policiais em casas noturnas. O Sindicato da Polícia Civil (Sinpol) repudiou o pedido, alegando que há lei permitindo o uso das armas. E a Secretaria Estadual de Segurança (SSP) anunciou que vai monitorar o uso de armamento nesses locais.

Morte de advogado, denúncia, Chico e Sassá

A briga de Chico Preto e Sassá teve outra razão. Sassá foi acusado pela ex-funcionária Jessica Batista dos Santos, 27, de tê-la chutado e estapeado. O registro foi feito no 3º Distrito Integrado de Polícia (DIP), às 2h30 do dia 09/09. A casa de Show Alambique teria sido o local do ocorrido. Jessica, que afirma ter se relacionado nove anos com Sassá, conseguiu medida protetiva. O vereador tem que se manter pelo menos 300 metros afastado dela.

Chico Preto, no auge da discussão, disse que deveriam “impedir as pessoas que batem em mulher”. Sassá entendeu que se referia ao episódio registrado em Boletim de Ocorrência e partiu para a briga. O vereador sargento PM Bentes Papinha (PR), que estava próximo, interveio e separou os dois.

Presidente anuncia detector de armas

O presidente da Câmara Municipal, vereador Wilker Barreto (PHS), chamou a casa à ordem. “Nós não vamos permitir gestos de falta de compostura nesse parlamento. Se se essa moda pegar e todo mundo querer resolver no braço, vou colocar detector de metal na Câmara. Temos que ter coerência. Vamos utilizar todos instrumentos legais que para conter episódios lamentáveis e de exposições negativas desse parlamento”, disse Wilker.

O presidente da Comissão de Ética, vereador Wallace Oliveira (Podemos) afirmou que “tudo foi contornado”. “O vereador Bentes Papinha interveio e resolveu. Chegaram a dizer que ele precisou puxar arma, mas isso não é verdade. Eu estava perto”, disse o parlamentar.

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1 comentário

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  1. Luiz Porto disse:

    Só uma correção ao texto. O nome do delegado é GUSTAVO Castro Sotero e não AUGUSTO Castro Sotero.

    RESPOSTA
    Obrigado, Luiz. Feita a correção.