Polícia reúne gestores de hospitais para alertar sobre golpe de extorsão a pacientes em UTIs

Delegado titular do 23º, Cícero Tulio, que coordenou Jaleco Preto, estará reunido com representantes de hospitais de Manaus nesta segunda, para tratar do golpe aplicado em vítimas com pacientes em UTIs. Foto: Divulgação PC-AM

Administradores e representantes de dez hospitais particulares e públicos de Manaus foram chamados para participar de uma reunião nesta segunda-feira (27) sobre golpes aplicados por organizações criminosas desarticuladas na Operação Jaleco Preto.

A Polícia Civil do Amazonas, por meio da equipe de investigação do 23º Distrito Integrado de Polícia (DIP), sob a coordenação do delegado Cícero Tulio, deflagrou na última quinta-feira (23), na cidade de Rondonópolis, no Mato Grosso (MT), a ação.

Foi desarticulada uma quadrilha especializada em aplicar o golpe do “falso médico” entre hospitais particulares e da rede pública, do Amazonas. O grupo também atuava em outros cinco Estados.

A reunião em Manaus servirá para esclarecer detalhes da investigação sobre como os golpes eram aplicados, inclusive tendo acesso a dados de pacientes internados em Unidade de Terapia Intensiva (UTIs) unidades.

Dentro do presídio

A operação teve como objetivo cumprir oito mandados de prisão temporária, além de três mandados de condução coercitiva na Penitenciária Major PM Eldo Sá Correa, conhecida como “Mata Grande”, em Rondonópolis.

A quadrilha reunia informações de pacientes internados em todo país e ligava para familiares das vítimas para fazer extorsão.

A reunião é promovida pelo 23º DIP e acontece a partir de 14h, no 22º DIP, no bairro Nossa Senhora das Graças. O delegado Cícero Túlio confirmou o convite para os gestores de 10 hospitais, a maioria privados.

A operação

Os integrantes da quadrilha se passavam por médicos e mantinham contato com familiares de pacientes internados nas UTIs de, pelo menos, 10 unidades hospitalares do Estado.

Eles solicitavam quantias em dinheiro dos familiares das pessoas internadas sob a alegação de realizar exames de urgência nas mesmas.

De acordo com o delegado, as investigações em torno do caso iniciaram há dois meses. Durante os trabalhos foi identificado que o núcleo operacional da quadrilha comandava o restante dos integrantes do grupo de dentro da penitenciária “Mata Grande”.

Outros Estados

Os outros indivíduos da organização criminosa operavam a parte financeira e ficavam responsáveis por disponibilizar contas bancárias utilizadas para o recebimento de valores oriundos dos golpes.

O titular do 23º DIP ressaltou que as investigações apontaram que, além das unidades hospitalares do Amazonas, hospitais de pelo menos cinco Estados foram alvos da atuação da quadrilha, sendo o Pará, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, São Paulo e Goiás.

Lucro mensal

O lucro mensal da quadrilha era em torno de R$ 200 mil. Os comandantes do grupo também ordenavam o tráfico de drogas, além da adulteração de sinais identificadores de veículos automotores para realizar assaltos de dentro da penitenciaria. Durante a operação foi realizada revista na penitenciária “Mata Grande”.

Veja também
Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *