O delegado da Polícia Civil Gustavo Sotero, preso em flagrante acusado pelos crimes de homicídio e lesão corporal, neste sábado (25), após ter sacado a arma e atirado em quatro pessoas no Porão do Alemão, vindo uma a óbito, vai responder a um Processo Administrativo Disciplinar (PAD), que pode resultar em sua demissão dos quadros da corporação.
Em choque
Em coletiva de imprensa na Delegacia Geral, o delegado-geral da PC, Mariolino Brito, disse que a ocorrência deixou a todos chocados, inclusive o governador Amazonino Mendes, e que casos assim não representam o trabalho que “está sendo desenvolvido pela polícia e forças de segurança no Estado”.
Mariolino Brito disse que os procedimentos para apurar a situação já foram instaurados, inclusive com o PAD aberto.
O caso foi registrado no 19º Distrito Integrado de Polícia (DIP), onde Sotero foi apresentado e autuado em flagrante por homicídio doloso e lesão corporal.
Processo administrativo
Segundo a corregedora da Polícia Civil, Iris Trevisan, o processo instaurado pode culminar na demissão do delegado. “É um caso bastante grave. Mesmo sendo delegada, na posição de corregedora, tratamos o assunto com muita seriedade. Dependendo da situação, é inadmissível. Estamos todos consternados e preocupados com a situação. E a punição que tiver que ser tomada, será”, falou Iris.
Questionada sobre o fato do delegado estar armado na casa noturna, a corregedora explicou que o policial civil tem porte de arma livre pela Lei do Desarmamento, e que estando armado, não poderia deixar a mesma em armário ou cofre.
O caso
Por volta de 2h40 da madrugada deste sábado (25), o delegado da Polícia Civil, Gustavo Sotero, plantonista do 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP), atirou dentro do Porão do Alemão, na avenida Coronel Teixeira, bairro Ponta Negra, zona Oeste. Quatro pessoas ficaram feridas, três homens e uma mulher.
Vítima do tiroteio, o advogado Wilson de Lima Justo Filho, 35, foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Ele foi levado ao Hospital e Pronto Socorro 28 de Agosto, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. Wilson Justo foi candidato a vice-prefeito de Novo Airão nas eleições de 2016, pelo PR.
Um vídeo mostra correria e pânico no Porão após os tiros. Os outros feridos são Maurício Carvalho Rocha, 35, a esposa de Wilson, Fabíola Rodrigues Pinto de Oliveira, 31, e Yuri Paiva, 46.
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Não acredito em demissão, no máximo será afastado e com vencimentos preservados, infelizmente a impunidade é uma realidade Brasileira.
Lamentável. O maior prejuízo é das crianças, logo logo surge alguém que vai amparar a viúva, quanto ao delegado, está vivo, o coporativicorporativismo vai ampará-lo.