Pai de duas filhas, uma de 3 anos e uma de 1 ano, o advogado Wilson Justo Filho, 35, morreu após ser atingido por dois tiros disparados pelo delegado da Polícia Civil Gustavo Sotero, plantonista do 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP).
O crime aconteceu na madrugada deste sábado (25), às 2h40, dentro do Porão do Alemão, onde o delegado sacou a arma após se envolver em uma briga, que teria como alvo Wilson e amigos. A esposa do advogado, Fabíola Rodrigues Pinto de Oliveira, 31, foi ferida na perna, mas segundo a assessoria da Polícia Civil, já teve alta.
Wilson Justo Filho era presidente do PR de Novo Airão e na eleição de 2016 concorreu como vice-prefeito do município.
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil no Amazonas (OAB), Marco Aurélio Choy, afirmou que a instituição vai acompanhar de perto o caso, para que o envolvido não fique impune.
A OAB convoca toda a classe advocatícia do Amazonas a comparecer na sede do Fórum Henoch Reis, logo mais a partir das 14h, quando o acusado será submetido à audiência de custódia.
Nota OAB
Em nota, a Ordem lamentou com profundo pesar e indignação, a morte do advogado Wilson Justo, durante um crime onde o delegado Gustavo Sotero usou uma “arma do Estado e munições pagas com dinheiro público”.
O presidente da OAB e demais conselheiros e membros da Comissão de Prerrogativas estão acompanhando o caso no 19º DIP, bem como prestando total e irrestrita assistência à família do advogado.
Em suas redes sociais, o ex-deputado Marcelo Ramos (PR), lamentou a morte do advogado, de quem era amigo pessoal.
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Feridos
Durante o tiroteio, Gustavo Sotero feriu mais duas pessoas além do casal: Maurício Carvalho Rocha, 35, e Iuri Paiva, 46. O delegado foi flagranteado no 19º DIP, por homicídio e lesão corporal. Ele atirou com uma pistola Taurus, calibe .40.
Vítima do tiroteio, o advogado Wilson de Lima Justo Filho, 35, foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), não resistiu aos ferimentos e morreu no Hospital e Pronto Socorro 28 de Agosto.
Armado
Segundo testemunhas, o delegado teria se envolvido numa briga dentro da casa e ao se sentir ameaçado, sacou a arma e atirou. A ocorrência foi atendida por policiais da 21ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom).
Nenhum dos advogados vai defender o agressor?
Se fosse um “cidadão comum”, com certeza já teria 1 dúzia afirmando que ele teve os motivos dele e não caberia qualquer tipo de julgamento antes da avaliação do caso.
E isso é só uma parte do nosso judiciário…
Engraçado, delegado pode entrar em casa de show armado.
E advogado não pode portar arma de fogo para defesa pessoal!
Só no Brazzzil!
Que vergonha esse país!