Delegado que matou advogado tem prisão preventiva por homicídio simples decretada pela Justiça

Delegado Gustavo Sotero teve a prisão em flagrante convertida em preventiva durante audiência de custódia no TJAM. Foto: Reprodução

O delegado da Polícia Civil Gustavo Sotero teve a prisão em flagrante convertida em preventiva neste sábado (25), após audiência de custódia no Fórum Ministro Henoch Reis, no Plantão Criminal do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM).

Custodiado

A audiência foi realizada no início da tarde de hoje, com o juiz criminal plantonista Frank Augusto Lemos do Nascimento, gerando o processo, de número 0641996-45.2017.8.04.001, por homicídio simples (veja o documento na íntegra, aqui: Audiência de Custódia).

A princípio, ele ficará custodiado na carceragem da Polícia Civil na Delegacia Geral (DG), até que seja definida a Vara Criminal que irá receber o processo no TJ.

Um homicídio e 3 feridos

O delegado foi preso em flagrante acusado pelos crimes de homicídio e lesão corporal, após ter sacado a arma e atirado em quatro pessoas no Porão do Alemão, vindo uma a óbito.

Sotero também vai responder a um Processo Administrativo Disciplinar (PAD), que pode resultar em sua demissão dos quadros da corporação.

Defesa

Segundo a advogada do acusado, Carmen Romero, do Sindicado dos Delegados, Sotero contou que recebeu uma injusta agressão e que reagiu em legítima defesa.

“A defesa irá acompanhar o processo e todas as garantias foram asseguradas ao delegado. Existe um vídeo que foi exibido na audiência de custódia, onde se manteve a alegação de legítima defesa, diante de agressão repentina”, falou Carmen.

O caso

Por volta de 2h40 de hoje, Gustavo Sotero, plantonista do 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP), atirou dentro do Porão do Alemão, na avenida Coronel Teixeira, bairro Ponta Negra, zona Oeste. Quatro pessoas ficaram feridas, três homens e uma mulher.

A vítima fatal do tiroteio foi o advogado Wilson de Lima Justo Filho, 35. Os outros feridos foram Maurício Carvalho Rocha, 35, a esposa de Wilson, Fabíola Rodrigues Pinto de Oliveira, 31, e Yuri Paiva, 46.

Advogados fizeram mobilização no fórum pedindo Justiça para o crime

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