Representantes da Secretaria Municipal da Mulher, Assistência Social e Direitos Humanos (Semmasdh) e o Alto Comissariado das Nações Unidas aos Refugiados (ACNUR) estiveram reunidos, na manhã desta segunda-feira, 06/11, para tratar de estratégias sobre a integração social para o atendimento de imigrantes indígenas venezuelanos em Manaus. Atualmente, cinco espaços de acolhimento provisório são geridos pela Prefeitura de Manaus, por meio da Semmasdh, para o abrigamento de 114 indígenas.
O ACNUR está em missão internacional para acompanhar a situação dos imigrantes venezuelanos. O Brasil é o terceiro país a receber a visita da comitiva, liderada pelo Alto Comissariado de Operações da ACNUR no mundo, George Okoth Obbo, acompanhado da representante da agência no Brasil, Isabel Márquez, e Renata Rubini, representante da ACNUR nas Américas.
“Agradecemos, com profunda gratidão, o suporte das autoridades locais aos cidadãos venezuelanos, não só para eles, mas para todos que chegam aqui nessa situação. O município pode contar com a parceria do ACNUR. Reconhecemos o engajamento financeiro da cidade, pois não é em todo lugar do mundo que as autoridades se comprometem com essa causa”, destacou.
Os assuntos em pauta foram: a integração social entre os venezuelanos e brasileiros, ajuda com questões burocráticas, angariamento de fundos para o abrigamento de refugiados e o reconhecimento das autoridades locais que desempenham um papel social fundamental para tirar os refugiados da situação de vulnerabilidade social.
“O abrigamento é uma das questões que pretendo abordar em Brasília com o governo federal, pois almejamos conseguir fundos para o Brasil, para ajudarmos na questão do abrigamento de refugiados”, salientou George Okoth Obbo.
Candidatura
Durante o encontro os membros da ACNUR expressaram o desejo de candidatar Manaus ao título de Cidade Solidária. Em alguns países, vários municípios têm demonstrado vontade de contribuir com a integração dos refugiados nas comunidades. A fim de reconhecer seus esforços para melhorar a condição de vida desses grupos vulneráveis, o ACNUR concede a alguns deles o título de “Cidade Solidária”.
“Nós vamos documentar toda a história positiva das pessoas e autoridades locais que estão envolvidas no acolhimento e integração social dos refugiados na cidade, pois no mundo estamos construindo uma rede de cidades solidárias. Voltaremos a Manaus para tratar desse assunto”, ressaltou Renata Rubini, representante da ACNUR nas Américas.
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