‘Pílula azul’ da Venezuela, substituta do Viagra, chega ao AM e é um perigo. Veja riscos e vantagens de remédios para disfunção erétil

'Pílula azul' da Venezuela é um perigo

Cuidado com os remédios para disfunção erétil, principalmente os importados, novos, como a “pílula azul”

A “Pílula azul” da Venezuela, que promete efeito maior que o do Viagra ou do Cialis, chegou ao Amazonas. “Ninguém sabe o que tem lá dentro. É um perigo”, adverte o médico cardiologista Aristóteles Comte de Alencar.

Os remédios para disfunção erétil, cujo uso está cada dia mais disseminado, podem representar risco até de óbito, acrescenta. “Alguém que esteja usando vasodilatador coronariano, por exemplo, não pode tomar nunca”. Outro risco são os “similares” ou “remédios bonificados” ou as cópias importadas do Peru, Paraguai e Venezuela.

Viagra ou Cialis misturados com vasodilatadores podem provocar uma queda de pressão (hipotensão) fatal, adverte o médico. Os remédios mais comuns desse tipo são o Isordil e o Sustrate, lembra.

Outro problema para quem faz uso desses recursos para melhorar a ereção é se eles forem associados aos remédios para pressão alta. “(Cialis ou Viagra) dilatam o vaso e deixam entrar mais sangue, num efeito muito específico, na região genital. Em conjunto com outros remédios, porém, eles podem baixar a pressão geral.

Os dois remédios, Viagra e Cialis, são “inibidores da fosfodiesterase e produzem a vasodilatação das artérias penianas, melhorando a ereção”. O Cialis tem ação mais prolongada porque é uma fórmula mais recente, aperfeiçoada.

 

Avaliação prévia

Aristóteles avisa que, antes do uso desses remédios, é preciso passar no urologista, para ver se não tem outro problema. Depois, consultar um cardiologista.

 

Casos raros

O médico esclarece que, apesar dos cuidados que prescreve, nunca teve casos no consultório por uso do Viagra ou Cialis. “Tive mais problemas com remédios para diminuir o tamanho da próstata. Eles também baixam muito a pressão arterial”, explica.

O problema que levou o presidente Michel Temer ao hospital, recentemente, é um exemplo. “Ele teve uma Hipertrofia Prostática Benigna (HPB), comum no idoso. Medicamentos que o urologista passa para reduzir o tamanho da próstata, como o Duomo, causam muita hipotensão. Já vi mais problemas com eles que com o Viagra ou o Cialis”, revela.

 

‘Pílula azul’

Aristóteles avisa que não tem nada novo no mercado, relacionado à disfunção erétil. “O que ocorre é que quando quebram a patente do original começam a vir as cópias. Tem Viagra do Peru, do Paraguai, da Venezuela. Tem uma chamada ‘Pílula azul da Venezuela’. É um perigo. Ninguém sabe o que tem ali dentro. É vendido como estimulante, igual ao Viagra ou o Cialis”, conta.

 

Genéricos

A 'Pílula azul' da Venezuela chegou ao Brasil na onda dos importados que substituem o Viagra e o Cialis

Aristóteles avisa que é preciso cuidados, principalmente para quem tem hipertensão ou problemas na próstata

O cardiologista também comenta å desconfiança do consumidor com medicamentos genéricos. “O genérico de marca tem que obedecer às mesmas características farmacoquímicas do produto original. Esse não tem risco. Alguns laboratórios, no entanto, que a gente nem conhece a procedência e produzem os chamados similares, aí sim são problemas. Os remédios bonificados também. Esses são perigosos. Tem que ter cuidado com a procedência do laboratório”, finaliza.

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