Um dia para o fazendário

“Quando estiver comendo uma fruta, pense na pessoa que plantou a árvore”.   A frase, que parece solta ao vento, representa a essência do trabalho do servidor fazendário, na sua labuta de promover os recursos públicos destinados aos serviços de qualidade que a população deseja e merece, na forma mais singela e franca da real igualdade social e distribuição de oportunidades.

As políticas públicas têm o seu planejamento, organização e execução na base de um orçamento real, com projeções técnicas, arrecadação eficaz e controle tributário. Não se trata apenas de cobrar e fiscalizar, mas de promover o crescimento econômico que deságua no desenvolvimento humano, com todas as nuances paralelas da visão socioambiental, da educação fiscal, da reprodução de recursos em serviços públicos e até mesmo do acompanhamento de sua aplicação com regulação normativa e justiça social.

A criação do Dia do Servidor Fazendário (17 de outubro), inspiração do então deputado Tony Medeiros é o reconhecimento da amplitude de ações dessa classe de tantas atribuições profissionais, como de reflexos coletivos no bem-estar da sociedade, formando um eixo de competências seletivas, mas todas voltadas para o mesmo objetivo de eficiência funcional.

Tony Medeiros – hoje vice-prefeito de Parintins –  recolheu estas atribuições para conceber um momento, acima da euforia de uma comemoração, de pura reflexão da atividade no ciclo produtivo e determinar um dia inteiro para reflexão, avaliação, estudo, debates e busca de novos caminhos da eficiência, colocando o romantismo do artista que é na função profissional que merece ter seu momento particular.

Todas as saídas são entrada para algum outro lugar e isso pode ser fundamentado na figura do servidor da Secretaria de Estado da Fazenda, início e fim da essência do Estado como provedor das necessidades sociais e coletivas, sem perder de vista o sentido das prioridades identificadas e, mais do que isso, o sentimento das demandas que explodem nos limites da superação humana.

Sinto-me feliz, ao lado de centenas de servidores, com o momento que nos é dado respirar e purificar na busca incessante da união que faz a força, da estabilidade que constrói a harmonia, do reconhecimento que eleva a autoestima, evitando que se torne uma massa frágil e ineficaz na sua proposta de ação e expectativa de resultados.

Temos um dia para comemorar, mas a vida toda para perseverar, para multiplicar, para agigantar um sistema de desenvolvimento, mas também para demonstrar que é possível humanizar o trabalho e, com a capacidade superior da solidariedade e da fraternidade, atingir objetivos além do que os olhos podem ver, mas o coração pode sentir, na satisfação do bem fazer.

Como data de registro histórico, a criação deste dia representa um momento de elevação no conceito profissional e de reconhecimento do valor de resultados, mas significa, de imediato, a grandeza de um trabalho, tão invisível quanto silencioso, mas de rara eficiência e fundamental importância para a construção de um bom lugar para a nossa gente viver.

Augusto Bernardo Cecílio

Augusto Bernardo Cecílio

* Auditor fiscal da Sefaz, coordena o Programa de Educação Fiscal no Amazonas.

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