Testemunha conta que hidroavião do Greenpeace bateu na água e capotou três vezes

A aeronave do Greenpeace capotou três vezes nas águas perto do Arquipélago de Anavilhanas, próximo a Novo Airão (distante 180 quilômetros de Manaus), segundo informações do proprietário da embarcação Comandante Naval VII, Raul de Paula, que viu o exato momento da queda do avião Cessna, fabricado em 2008, um modelo anfíbio.

Já desembarcado em Manaus, Raul contou que era por volta de 11h desta terça-feira (17) quando o Cessna passou em voo rasante cerca de 50 metros de distância do seu barco, e logo em seguida caiu, 500 metros à frente. “Ele tentou pousar na água, mas bateu no rio e saiu capotando três vezes”.

Cabine afundada

Segundo a testemunha do acidente, que teve uma vítima fatal, uma turista sueca, de nome não divulgado, o hidroavião ficou com as boias para cima e a cabine afundada após a queda. “Mandamos a lancha do barco na frente e quando chegamos, o piloto conseguiu sair, assim como duas mulheres e um outro passageiro. Uma quinta pessoa, uma mulher, morreu afogada”, falou Raul.

O comandante do Natal VII explicou que ainda tentaram retirar a passageira com vida, mas quando viraram a aeronave, ela estava morta. Com o barco, os sobreviventes vieram até perto da ponte rio Negro, onde de uma base do Greenpeace foram resgatados. Raul de Paula contou que no local onde ocorreu a queda não conseguiram contato com a Capitania dos Portos, por falta de sinal.

Em nota, a organização não governamental (ONG) informou que cinco pessoas estavam a bordo do avião e que uma delas morreu. A Agência Nacional de Avião Civil (Anac) informou que o avião Cessna está com a documentação em dia.

A Força Aérea Brasileira (FAB) informou que o acidente ocorreu por volta das 11h desta terça-feira. O Sétimo Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa 7), órgão regional do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), vai realizar a ação inicial da investigação do acidente.