Celular com vídeo do Tribunal do Crime da FDN leva à prisão de quadrilha em Lábrea

Um celular apreendido com imagens de homens portando uma arma de fogo e com um vídeo do chamado Tribunal do Crime da facção criminosa Família do Norte (FDN), levaram à prisão de Jailson Garcia da Silva, 24, Leandro Alves de Lima, 22, Rosimagno Cardoso de Macedo, 22, e Denilson Melo das Chagas, 22, além da apreensão de um adolescente de 17 anos, neste sábado (30), no Município de Lábrea (distante 610 quilômetros de Manaus).

As prisões foram feitas durante a Operação Caveira 2, pela 4ª Companhia Interativa da Polícia Militar (CIPM) de Lábrea, os chamados Guardiões do Purus. Durante uma abordagem de rotina a dois homens em atitude suspeita numa moto, durante a revista, no celular de um deles, a polícia encontrou imagens que faziam alusão a crime, porte de arma, drogas e o vídeo da FDN.

A partir das imagens e das informações da dupla, em diligência a equipe prendeu uma quadrilha suspeita de tráfico de drogas, que guardava anotações de distribuição de entorpecentes pela cidade.

Entre os presos, estão dois suspeitos de terem assaltado, na última quinta-feira (28), um posto de combustível na madrugada. O vídeo mostra o tribunal do crime FDN punindo uma pessoa, não identificada, que é torturada com pedaço de madeira, sendo acusada de ter furtado a residência de um dos integrantes da facção.

Com a quadrilha, os Guardiões do Purus apreenderam 396 gramas de pasta base de cocaína, 24 gramas de maconha, um revólver calibre 38 com cinco munições intactas, três celulares, um cordão de cor amarela, R$ 814 em espécie, uma moto Biz cor azul, de placas não informadas, uma balança de precisão, e duas facas.

Tribunal

O chamado Tribunal do Crime é composto por líderes e conselheiros do comando da Família do Norte, que decidem dentro das unidades prisionais sobre assassinatos, roubos com violência, sequestros, tortura e outros crimes que ocorreriam em Manaus, assim como quem seria autorizado a praticar os mesmos.

As sentenças são proferidas e assassinatos autorizados de dentro das celas, mas somente com autorização da facção, por meio do tribunal.