Presos pelo assassinato de britânica são cruéis, diz delegado de Coari. Eles vão para presídio na BR-174 e dois seguem foragidos

Os três presos acusados do latrocínio vão para o CDPM e o adolescente irá para uma unidade de internação provisória na capital. Fotos: Divulgação PC-AM

Arthur Gomes da Silva, “Bera”; Erinei Ferreira da Silva, 28, de “Alfinete”, e Jardel Pinheiro Gomes, 19, o “Kael”, acusados pelo latrocínio da atleta britânica Emma Kelty, 43, vão ficar presos no Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM) em Manaus, no KM 8 da BR-174.

Eles foram apresentados em coletiva de imprensa neste sábado (23), pelo delegado geral da Polícia Civil, Frederico Mendes. Os acusados chegaram a Manaus, vindos de Coari (a 363 quilômetros de Manaus), na última quinta-feira (21). Um adolescente de 17 anos também foi apreendido por envolvimento no crime e estava na coletiva.

O delegado geral adjunto, Ivo Martins, lembrou que o assassinato da inglesa ocorreu no dia 13 de setembro e foi praticado por sete homens, chamados de “barriga d’água”, que costumam cometer com frequência crimes de roubo e homicídios, além de terem ligação com o tráfico de drogas entre os Municípios de Coari e Codajás.

“Quando eles passavam pela Ilha do Boieiro, onde a barraca da vítima estava armada, cometeram o crime. Na ocasião, Evanilson Gomes da Costa, conhecido como “Baia”, saiu da canoa e efetuou dois disparos em direção à barraca, utilizando uma espingarda calibre 20, de cano serrado. Eles furaram o caiaque da vítima e roubaram os objetos dela”, explicou o delegado-geral adjunto.

O delegado de Polícia (DIP) de Coari, José Afonso Barradas, contou que os ribeirinhos da área próximo de onde a britânica foi assassinada, tentaram falar com ela, mas a dificuldade do idioma atrapalhou a comunicação.

“Durante as investigações constatamos que quando ela chegava próximo do local de acampamento, foi chamada para dormir na casa de ribeirinhos. Mas não tinha noção do lugar ermo e do perigo onde ficou, e acampou perto da comunidade. Tanto o “Beira” quanto o “Baia” tínhamos informações que eram extremamente cruéis. O “Baia” tinha processo de homicídio e roubo”.

“Baia”, 24, foi morto em Coari no dia 20, por possíveis traficantes rivais, que buscam objetos de valor. Sua casa foi invadida e ele foi morto com tiros à queima-roupa, no beco Maria Almeida, bairro do Pera.

Durante as buscas da polícia já foram recuperados um celular, a câmera modelo GoPro e um chip eletrônico roubados da britânica. A canoa usada para jogar o corpo da atleta no rio Solimões, o caiaque onde Emma navegava pelos rios e os pertences recuperados estão em perícia.

A polícia procura dois foragidos Erimar Ferreira da Silva, o “Chico”, e Nilson Ferreira da Silva, conhecido como “Zé Preto”, que estão com prisões preventivas decretadas. “Bera”, “Alfinete” e “Kael” foram indiciados por latrocínio. Já o adolescente irá responder por ato infracional análogo ao crime de latrocínio.

Representantes do Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE-AM) deram parecer favorável à internação do menor infrator em uma unidade de internação provisória na capital.

Caiaque da atleta está em Manaus para perícia

Entenda o caso

Dia 13, uma empresa ligou para o Comando do 9° Distrito Naval (Com9ºDN) informando que o localizador de emergência da britânica Emma Kelty, que estava fazendo uma viagem pelo rio Solimões, havia sido acionado.

Na manhã de quinta-feira, dia 14, a Marinha do Brasil iniciou as buscas para tentar localizar a britânica. Já na tarde de sexta-feira, dia 15, alguns objetos de Emma Kelty, como roupas, sapatos e o caiaque foram encontrados na comunidade Lauro Sodré.

No último domingo, dia 17, a Marinha do Brasil encaminhou os objetos ao 6º Distrito Integrado de Polícia (DIP), onde foi realizado o Auto de Exibição dos materiais. Na DIP de Coari foi instaurado um Inquérito Policial, de nº 44/2017, para investigar o caso.

A Polícia Civil do Amazonas, assim que foi acionada pela Marinha do Brasil, enviou uma equipe, composta por sete investigadores lotados no Departamento de Polícia do Interior (DPI), quatro investigadores que atuam na Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) e dois escrivães da instituição, ao município de Codajás para auxiliar nas diligências em torno do caso.

O delegado-geral adjunto, Ivo Martins; o diretor do DPI, delegado Mariolino Brito; o delegado Raphael Campos, adjunto da DEHS; e o delegado Paulo Gadelha, titular da 79ª DIP de Anori também estiveram nos municípios de Codajás e Coari para ajudar nas investigações.

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3 comentários

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  1. Elvis disse:

    Desses vermes inclusive o menorzinho de 17anos que ja tinham processos por homicídios e que estavam solto e tornaram a cometer crimes… no meu entender todos envolvidos no processo de soltura… integrantes do MP, Juiz, defesa, psicólogo e etc… precisam ganhar também uma parcela da punição pelo crime que esses marginais cometeram.
    Chega desses vermes serem soltos e novamente cometerem atrocidades.

  2. Jr disse:

    Todos os assassinos adultos e o assassino que nós chamamos de menor, deveriam cumprir a pena na Inglaterra, para verem o que é bom pra tosse, porque aqui daqui apouco vão está soltos e cometendo os mesmos crimes.

  3. Tiago Reis Meireles disse:

    Meu amigo…. Instaura a pena de morte e resolvemos a situação! Bandido teme uma lei mais severa! E nada melhor que a punição com a pena capital. Então ou instauramos isso, ou o Brasil ainda vai ser a casa predileta da criminalidade e da barbárie!