Amazonino vai à Justiça contra adiamento da posse e diz que governador interino quer ficar no poder a todo custo

Amazonino criticou postura do governador interino que se agarra com “unhas e dentes” ao poder e ao cargo, que não “lhe pertence nem de fato nem de direito”. Foto: Reprodução

O governador eleito Amazonino Mendes (PDT) criticou e anunciou que vai recorrer à Justiça para manter sua posse no início de outubro. Marcada inicialmente para o dia 5 de outubro, a posse de Amazonino e de seu vice, o deputado estadual Bosco Saraiva (PSDB) correrá no dia 10 de do mesmo mês, conforme decisão da Mesa Diretora daquela Casa.

Nesta quarta-feira (20), a equipe do pedetista recebeu o anúncio da decisão da presidência interina da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (ALEAM) de protelar a posse dele e do vice-governador, sem maiores justificativas.

O presidente do Poder Legislativo, Abdala Fraxe (Podemos), tentou concorrer no pleito, como vice da candidata Rebecca Garcia, mas teve sua candidatura indeferida. Ele é aliado do governador interino David Almeida (PSD).

“A diplomação, que já vem da demora de, praticamente, um mês, agora sofre mais uma somatória de dias, com a decisão da mesa da Assembleia em protelar a posse. O que está havendo? Quais os interesses são esses? Aí insistem em fazer com que o atual governo se agarre ao cargo com todas as forças, com unhas e dentes”, questionou o governador.

Amazonino, que já exerceu o cargo de governador do Amazonas por três mandatos, informou que vai acionar a Justiça para decidir sobre a mudança da data.

“Diria a vocês todos que esses interesses não são bons. Devo dizer a vocês que nós sabemos zelar pelos interesses do povo, da população e nós iremos à Justiça para que o povo seja protegido dessas intenções escusas. Lamento, teria de ser um momento de alegria da população, nosso, de todos que participamos de uma eleição democrática, em que nos comportamos de maneira correta, técnica, digna e, sobretudo, respeitosa com o povo”, comentou.

Amazonino Mendes, eleito com 782.933 votos no pleito suplementar, classificou o ato como mais uma tentativa do atual governador interino em permanecer no Palácio do Governo.

“Quero manifestar a minha preocupação por esses atos condenáveis do governador interno em insistir em continuar governador, de forma equivocada, como se fosse um governador de fato, de fato de direito, quando na verdade cumpre um momento enquanto a vontade soberana do povo coloca no palácio o seu verdadeiro governador. Debalde todos os esforços pedidos no sentido que ele se comportasse como tal”, comentou o governador Amazonino.

“Ele vem num processo permanente de gastos, extremamente preocupantes, e agora manifestando claramente o desejo de ficar o máximo, esticar o máximo que puder o tempo em prejuízo do prazo do tempo que se teria o governador eleito para reconstruir o Estado”, finalizou.

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