Estado tem mais de 47 mil casos de malária em 8 meses e cinco cidades concentram 50% dos registros

Com mais de 47 mil casos, a cada dia são registrados 196 doentes de malária no Amazonas. Manaus, Coari, Barcelos, São Gabriel da Cachoeira e Santa Isabel do Rio Negro concentram 50% dos números. Foto: Arquivo

Cinco Municípios do Amazonas, incluindo a capital Manaus, concentram 50% dos casos de malária registrados em todo o Estado de janeiro a agosto deste ano: São Gabriel da Cachoeira, Santa Isabel do Rio Negro, Coari e Barcelos.

Em oito meses, o Amazonas registrou mais de 47 mil casos de malária – mais de 5,8 mil por mês -, estando no chamado grupo endêmico do Brasil, onde há condições favoráveis para o mosquito transmissor sobreviver infectado por um parasita que transmite a doença. A cada dia são 196 doentes de malária no Estado.

Comparando com o mesmo período de 2016, o Amazonas teve 47.046 registros em 2017, um aumento no número de casos de 47,4%. Ano passado foram registrados 31.905 notificações da doença. Só em Manaus, conforme o E-siga, foram 7.079 casos de malária no último mês de agosto.

A Fundação de Vigilância em Saúde (FVS) trabalha com a suspeita de que tenha ocorrido uma introdução da espécie do parasita a partir da Venezuela, passando por São Gabriel da Cachoeira, que faz fronteira com o país. O plasmodium falciparum se reproduz mais rápido do que a espécie mais comum no Estado, o plasmodium vivax, que responde por mais de 90% da malária que ocorre no Amazonas.

Entre as ações de controle da FVS há a proteção dos moradores com a distribuição de mosqueteiros impregnados com inseticida, diagnóstico e tratamento da doença e combate ao mosquito pela borrifação do inseticida.

Segundo dados do Ministério da Saúde, a Secretaria Estadual de Saúde (Susam) recebeu R$ 817 mil e 62 municípios mais de R$ 6,2 milhões, totalizando R$ 7,1 milhões para o custeio e ao aperfeiçoamento das ações de vigilância em saúde, como pagamento de pessoal, capacitação, treinamento, ações de educação e mobilização na área de vigilância; confecção de materiais instrutivos; compra de materiais de consumo e para a contratação de serviços de terceiros.

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