Pistoleiro procurado pela morte de cabeleireiro é preso no Careiro da Várzea em operação da polícia

Diego Sabino, o “Diego Olhão”, foi preso hoje, após o titular da DEHS, Juan Valério, ter apresentado sua identificação como suspeito da execução do maquiador João Felipe, morto no dia 30 no salão Sempre Bella. Ele estava sendo procurado como pistoleiro contratado para matar a vítima. Foto: Divulgação

Diego Sabino de Araújo, conhecido como “Diego Olhão” ou “Coqueirinho”, procurado pelo assassinato do maquiador e cabeleireiro João Felipe de Oliveira Martins, 22, foi preso na tarde desta segunda-feira (11), na comunidade do Parauá, no Município do Careiro da Várzea (distante 25 quilômetros de Manaus). Ele estava num esconderijo e mais informações sobre a prisão serão anunciados durante a apresentação dele, a ser confirmada pela Polícia Civil.

A operação foi uma ação integrada da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), Delegacia Especializada em Capturas e Polinter (DECP), 35° Delegacia Interativa do Careiro da Várzea, e Delegacia Fluvial (Deflu). A vítima foi executada, num crime encomendado a Diego, com 4 tiros, no dia 30 de agosto, no salão Sempre Bella, na rua Rio Tarauacá, bairro Nossa Senhora das Graças, o Vieiralves, zona Centro-Sul.

O preso tem passagem pelo sistema prisional por porte ilegal de arma de fogo de uso permitido e tráfico de drogas. Para a polícia, Diego é o pistoleiro contratado para matar o maquiador.

O crime

A identidade de “Diego Olhão” foi divulgada hoje, durante apresentação de Géssica Alves Alho, 24, presa sábado (9), que confessou que receberia R$ 500 por ter agendado uma tintura de cabelo e aberto as portas para o assassino entrar no salão e matar João Felipe. A confissão foi feita logo depois da chegada dela à DEHS, que investiga o caso.

Durante a coletiva, a mulher apresentou contradições e disse que aceitou o serviço porque precisava ajudar em casa, com o filho, e não imaginou que seria um assassinato, mas sim um assalto. “Quando vi a arma no carro, ele disse que ia matar uma mulher que estava devendo um dinheiro”, afirmou. Ela contou que não conhecia quem a estava contratando, que só tinha sido chamada pelo telefone, em uma ligação com chamada não identificada. Depois, disse que recebeu mensagem pelo WhatsApp. “Eu topei porque estava precisando, para comprar umas coisas para o meu filho. Eu faço, sim, uns corres, mas é corre de faxina e essas coisas”, afirmou.

Após o homicídio, Géssica deixou o salão a pé e conseguiu pegar um táxi no final da rua. De acordo com ela, não recebeu nenhum dinheiro pela participação no crime, ao se fingir de cliente do salão. Em reportagem publicada com exclusividade, no sábado, este Portal revelou que Géssica ligou para o Sempre Bella para agendar um tingimento de cabelo com João Felipe. Ao agendar o serviço, ela, que foi usada como “isca” para Diego entrar no salão, deu seu nome verdadeiro para a recepcionista.

Suspeito

De acordo com o delegado, as investigações em torno do caso iniciaram logo após o crime, o reconhecimento de pessoas envolvidas e a análise das imagens do circuito interno de segurança do salão foram realizadas. O delegado titular da DEHS, Juan Valério, confirmou que Géssica é a mulher que aparece nas imagens das câmeras de segurança do salão de beleza dando apoio ao autor do delito.

Pelo fato do caso correr em segredo de justiça, Valério informou que a DEHS não pode repassar a motivação do crime e nem a identidade do motoqueiro que ajudou na fuga de Diego. O delegado informou que pelo menos três pessoas estão envolvidas no assassinato do maquiador.

“Por conta da logística, foi um crime bem planejado. Teve uma pessoa que entrou em contato com a Géssica, outra que marcou o salão e outro que ajudou na fuga do pistoleiro”, disse o delegado.

Foto: Divulgação

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