As milhares de desculpas para o Amazonas patinar na condição de província e as razões concretas para mudar esse cenário. Veja vídeos

Amanhecer amazônico. Foto: Marcos Santos

É 5 de Setembro. É 7 de Setembro. É a Semana da Pátria e do Amazonas. Nos Estados Unidos a data da Independência, o 4 de julho, é comemorado com fogos de artifício e festa em todas as cidades, onde quase todos hasteiam a Bandeira Nacional ou no mínimo as cores nacionais. No Brasil, infelizmente, isso virou “coisa de milico”, numa visão que confunde nativismo e orgulho nacional com ditadura e corrupção. As desculpas para virar as costas e “curtir o feriadão” são milhares, mas há também fundadas e concretas razões para olhar o futuro do Amazonas com olhos mais otimistas e cultivar o patriotismo que tanta falta faz em tempos de crise.

Data é um fato concreto? EUA 04/07/1776. Brasil 07/09/1822. São apenas 106 anos de diferença entre a fundação do Estado nacional independente de um e de outro. Tempo irrisório, diante da História, para justificar o fosso abissal entre a qualidade de vida de um e de outro país.

Mais exemplos que não podem ser contestados? Hong-Kong, em 1842 ainda enfrentava a Guerra do Ópio (não vou mais usar o “apenas”, apesar da tentação), passou pela tensão China-Inglaterra, a ocupação japonesa na II Guerra e o boicote norte-americano na Guerra da Coreia, antes de se tornar um local disputado. Cingapura, um porto numa ilha sem recursos naturais, cresceu a partir da disposição firme de Lee Kuan Yew, primeiro-ministro que ficou no poder por 31 anos, a partir de 1959, tornando-se um dos pontos mais modernos do planeta.

O Amazonas tem silvinita (minério de potássio), cassiterita (minério de estanho), ouro, gás e petróleo. Tem o turismo, a indústria mais limpa e próspera do mundo, com os rios Negro e Amazonas perenes, disponíveis o ano inteiro. É uma covardia, mas é preciso dizer: tem a Amazônia!!!! E aí não precisa dizer mais.

É preciso induzir o otimismo, criar um ambiente capaz de atrair investimentos, melhorar a autoestima do amazonense.

O Governo do Amazonas, que está sob o comando interino de David Almeida, recebe o governador eleito Amazonino Mendes com a esperança de que ele transmita esse otimismo. Não dá para esperar que venha alguém “mais moderno” ou “com mais disposição” que o governador prestes a tomar posse. Já chega o erro cometido pela sociedade ao deixar José Melo governar sem uma fiscalização dura, direta, próxima, eficiente.

Chega de governante amazonense chegar ao cargo e assumir uma aura de deus-todo-poderoso, inteligente e preparado a ponto de abrir mão de ouvir ideias, executando o que lhe vem à cabeça, sem consultar os interesses da sociedade, governando no afogadilho e ignorando planos para o desenvolvimento de médio e longo prazos.

O Amazonas tem riquezas, mas não tem tempo a perder.

A rodovia AM-070 (Manaus-Manacapuru) está chegando ao KM-39, na ponte sobre o rio Ariaú, mas ninguém fala em “construir” um arranjo econômico para ela. Poderia ser, por exemplo, um local com áreas reservadas, manejadas, planejadas para a olericultura e piscicultura, acabando com a vergonha estadual de consumir cebola da Holanda, cheiro-verde do Ceará e Roraima e peixe de Rondônia.

Anote essa frase: “É mais barato, fácil e com melhor qualidade comprar alface em São Paulo que nos arredores de Manaus. Aqui o produto vem na carroceria de caminhão, em pleno sol, viajando duas ou mais horas, enquanto de lá vem embalado, refrigerado, acondicionado e chega mais fresco, apesar da distância e do transporte aéreo”.

Fruto do mar, em Paris, São Paulo ou qualquer grande cidade não costeira, é vendido sobre o gelo, para não perder qualidade. Aqui o inigualável peixe da água doce é jogado em bancas fétidas, sem nenhum controle higiênico, submetido ao calor inclemente, vendido, como dizem os antigos, “à toureiro”, na marra.

O mote da campanha de Amazonino, o de que o Amazonas está precisando de alguém que ame o Estado e o povo, é perfeito. Tomara que se torne uma obra de Governo e não entre para a História como apenas uma obra do talentoso marqueteiro Marcos Martinelli.

Veja abaixo esses vídeos, que bombam nas redes sociais nesta Semana da Pátria. 1) O Hino do Amazonas cantado por David Assayag; 2) Amazonas, de Chico da Silva, também interpretado por David; 3) Uma cantora, talentosa, anônima, com letra incidental sobre a música Trem Bala, de Ana Vilela, exaltando nosso modo de vida.

O Amazonas tem riquezas. E pressa, muita pressa.

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1 comentário

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  1. Henrique disse:

    Dúvidas de que teremos mais do mesmo, independente de quem fosse o vencedor da última eleição? Eu não.