Comer com educação… inclusive no atendimento

Alunos formados no curso de Garçom do Senac, professores, coordenadores, diretores e a secretária municipal do Trabalho e Desenvolvimento Social (Semtrad), Ananda Carvalho

Educação é principio básico do bom atendimento. Conhecer, adequar e sanar as muitas peculiaridades do cliente é necessário para que o atendimento alcance a excelência. Difícil? Há palestrantes conhecidos, espalhados pelos meios de comunicação, que falam da fidelização pelo atendimento. Outros de encantamento como diferencial. Todos, porém, concordam que o trabalho em equipe é o fator essencial para atingir a excelência.

Garçons limpos, arrumados e sorridentes, constituem o mínimo necessário para fazer a venda fluir no restaurante. A equipe dos bastidores deve estar preparada para sanar as necessidades de quem compra, o cliente. Assim, a ópera começa e se faz música de qualidade.

As pessoas que se propõem a trabalhar com restaurante devem lembrar do conceito básico que deu origem à concepção atual dos estabelecimentos que servem comida. São lugares para restaurar! Antes o cavaleiro, após as longas horas no lombo do cavalo. Hoje o atribulado operário ou executivo, após a estressante jornada de trabalho.

Em tempos remotos, quando até mesmo pequenas distâncias eram vencidas com as forças do corpo, esgotando o viajante, havia os monastérios. Estes, talvez por visão cosmopolita da época, localizados em pontos estratégicos, pregavam o evangelho e ofereciam abrigo e comida. Corpo e espírito restaurados, o viajante saía de lá mais disposto a seguir em frente.

Hoje o ser humano não percorre longas distâncias, a ponto de atingir o esgotamento físico, mas tem dia-a-dia cada vez mais turbulento e, mundialmente, continua buscando a restauração em um prato de comida, recebendo como bônus moderno ambiente bem decorado, atendimento de excelência, refeições preparadas com esmero, servidas amigável, ágil e educadamente.

A equipe toda precisa entender que não faz favor para ninguém. Apenas executa, da melhor forma possível, o dever profissional. Aquele metro quadrado, composto pela mesa, cadeira e todos os utensílios usados na refeição, está alugado para o cliente, que busca restauração. O conceito é simples, mas, como dizem os clássicos, é a partir dele que surge a fidelização.

Alunos de hospitalidade do Senac-AM, a partir dos cursos que estamos realizando, se destacam porque chegam para o trabalho, banhados e arrumados. Prontos para trabalhar. Nada de chinelo ou camisa regata na hora de fazer o mise en place, a implementação que antecede a abertura do salão e a preparação dos pratos. Empresas de 30 anos no mercado ainda se surpreendem com isso. O bom é que os profissionais ditos “práticos”, surpresos com a “inovação”, já sabem que precisam se adaptar a ela – asseio, pontualidade, educação, cortesia são parte do profissionalismo.

Quem aí sabe que garçom e pessoal de cozinha precisam ter em dia exames médicos, fezes, urina e sangue? É exigência legal, explícita na Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 216/04, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). É o Regulamento Técnico de Boas Práticas do Serviço de Alimentação do Brasil.

Há muito a fazer.

Breno Rudá

Breno Rudá

* Breno Rudá é gastrônomo formado pelo Senac, Campus Águas de São Pedro (SP), e docente de hospit...

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1 comentário

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  1. Mercinha Marinho disse:

    Por falar em atendimento em restaurantes, domingo passado, tive uma experiência péssima no Moronguetá, no Mauazinho, de frente pro Rio Negro, garçons atarantados, demora nos pedidos e etc. Esse local tem grande potencial turístico, durante a semana, é point de executivos do Distrito, daqui e de fora.