Voto “mais caro” no primeiro turno foi de Rebecca Garcia, segundo prestação de contas à Justiça Eleitoral

Rebecca Garcia foi a que teve o terceiro melhor desempenho nas urnas no primeiro turno e a que mais arrecadou com doações, somando mais de R$ 4,2 milhões, sendo que ela própria doou R$ 3 milhões para sua campanha. Foto: Divulgação

Os sete candidatos derrotados no primeiro turno da eleição suplementar para o governo do Amazonas declararam R$ 5.351.877,86 recebidos durante o primeiro turno do pleito suplementar para eleger o futuro governador do Estado, segundo prestações de contas enviadas à Justiça Federal.

Considerando os valores recebidos por doação e a votação obtida por cada um, o voto mais caro, proporcionalmente, até o momento foi o da candidata Rebecca Garcia (PP), que gastou R$ 15,72/voto. Ela também foi a que mais arrecadou recursos e doações, somando R$ 4.230.000,00, sendo que R$ 3.005.000,00 vieram da própria ex-superintendente da Suframa. Em seu registro de candidatura, Rebecca declarou ter bens, entre contas, aplicações e terrenos totalizando R$ 3.871.035,92.

Seu segundo maior doador foi a Direção Nacional do partido, com R$ 500 mil, e entre os 13 doadores listados estão Cirilo Anunciação Neto, que doou R$ 180 mil, e seu pai, Francisco Garcia, que injetou mais R$ 170 mil na campanha. Rebecca ficou em terceiro lugar, com 268.922 votos, de um eleitorado apto a votar de 2.338.886.

O segundo voto mais caro foi do candidato Wilker Barreto (PHS), que arrecadou R$ 248.370,40, conseguindo reunir 137 doadores. Considerando o valor recebido e o resultado nas urnas, o voto em Wilker custou R$ 10,97. Ele ficou em sexto, com 22.623 votos. Entre os doadores do vereador, os maiores valores vieram da Direção Nacional da sigla, com R$ 100 mil, e da Direção Estadual, que doou R$ 93.130,00.

Quem arrecadou menos e teve o voto mais barato foi Jardel Deltrudes (PPL). Somando recursos recebidos de R$ 3 mil para 3.362 votos, ele gastou R$ 0,89 por voto. Em sua campanha, o candidato, que foi o último a se registrar, teve três doações, de R$ 1.000, cada.

Liliane Araújo, que concorreu pelo PPS e recentemente anunciou a saída do partido, também teve, proporcionalmente, um voto barato: R$ 1,27. Ela arrecadou R$ 81.610,57, de 27 doadores. Nas urnas, apesar do resultado não aparecer computado oficialmente, ela conseguiu a preferência de 64.013 do eleitorado.

Mais números

O segundo candidato com maior doação foi José Ricardo (PT), que mobilizou 117 doadores, e alcançou R$ 509.809,73. O maior doador foi a Direção Estadual petista, que investiu R$ 400 mil, e o próprio José Ricardo doou R$ 34.110,00. Seu voto saiu a R$ 2,81. Ele ficou em quarto lugar no primeiro turno, com 12,17% do eleitorado (181.257 votos).

Recebendo R$ 100 mil da Direção Nacional do PSB, Marcelo Serafim chegou a arrecadar R$ 133.142,70, reunindo 57 doadores, tendo um custo por voto de R$ 7,05.

Luiz Castro (Rede) teve um voto estimado ao preço de R$ 3,69, arrecadando R$ 145.944,46, de 118 doadores. O próprio candidato doou R$ 38.159,00 e a Direção Nacional fez um depósito de apenas R$ 2 mil. Quinto colocado no turno, ele obteve 39.240 votos.

A prestação de contas de todos os candidatos pode ser consultada no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), no link Prestação de Contas, ou diretamente no Sistema de Divulgação de Candidaturas e Prestação de Contas Eleitorais, o DivulgaCand, incluindo os valores de despesas contratadas, listagens de doadores e fornecedores.

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