A eleição na realidade

Eleições sempre são um momento de sonho e utopismo. Nelas se fazem promessas, acordos e esperanças são alimentadas. Isso faz parte da democracia e do cotidiano eleitoral. Contudo, a crise econômica, de caráter recessivo, as denúncias sobre corrupção na política e o desencanto dos eleitores criaram um clima adverso a esse tipo de eleição da “esperança”. Temos, hoje, uma eleição do realismo. Nada de promessas grandiosas. Apenas realismo, discursos técnicos e análises equilibradas sobre custos e orçamentos. A palavra gestão virou a grande moda da campanha. Todos, desde o 1º Turno, viraram “gestores” e não políticos.

Há um elemento positivo nisso: as obras faraônicas e as promessas demagógicas saíram de cena. Nada de gigantismos ou populismo. A discussão realista torna mais séria e responsável a gestão e evita que futuros exageros possam intervir no processo político. Por outro lado fica, às vezes, a ideia de que o futuro gestor/governador será um “pagador de salários”, nada mais. Se não atrasar os salários e mantiver as secretarias abertas estará tudo certo.

É uma eleição especial. Sabemos. Serão 15 meses somente. A responsabilidade e a tranquilidade administrativa são pontos essenciais sim, neste momento, mais do que outros. Contudo, e depois? Aonde iremos? O que queremos do Amazonas? Serão quinze meses no congelador, somente pagando salários? O que mais podemos esperar desses candidatos, no 2º Turno? Enfim, fica a expectativa. É aguardar e ver.

Gilson Gil

Gilson Gil

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